Justiça manda apurar fraude em aposentadorias rurais no MA

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Justiça investigação
Justiça apura suspeita de fraude em aposentadorias rurais no Maranhão. Magistrada detectou 551 pedidos assinados pelo mesmo advogado e acionou a CGJ.

MARANHÃO, 19 de março de 2025 – A Justiça da Vara Única de Cândido Mendes, por meio da magistrada juíza Luana Santana Tavares, identificou 551 processos de aposentadoria rural e pensão por morte ajuizados no mesmo ano, todos assinados por um único advogado.

A juíza determinou a apuração das ocorrências e comunicou a situação à Corregedoria Geral da Justiça do Maranhão (CGJ-MA). A decisão foi proferida em 14 de março.

Durante auditoria interna, a equipe da Vara Única de Cândido Mendes analisou uma amostra de 100 processos e encontrou indícios de fraude. Foram detectadas declarações de residência com formatação idêntica, procurações assinadas por terceiros sem conformidade legal e divergências nos endereços registrados junto ao INSS.

Os processos investigados foram identificados enquanto a unidade realizava um levantamento das demandas judiciais mais frequentes.

A magistrada destacou que a maioria das declarações de residência indicava que os requerentes viviam no povoado Barão de Tromai, que possui 1.878 habitantes. Para ela, é incomum que um terço da população esteja apto a se aposentar ou receber pensão por morte.

A juíza suspendeu um dos processos e intimou o requerente a esclarecer as inconsistências documentais, incluindo a diferença entre o endereço informado ao INSS e a residência declarada. O prazo para resposta foi fixado em 15 dias, sob pena de extinção do processo sem análise do mérito. O INSS também foi notificado.

A decisão foi fundamentada na Recomendação nº 159 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), de 23 de outubro de 2024, que orienta os tribunais a prevenir e identificar a litigância abusiva. Segundo a norma, a prática compromete o funcionamento do Judiciário ao gerar um volume excessivo de ações sem fundamentação sólida.

A litigância abusiva ocorre quando o sistema judicial é utilizado indevidamente, com ações infundadas ou fraudulentas, podendo configurar litigância predatória. Essa conduta compromete a eficiência da Justiça e pode resultar em sanções.

A investigação segue em andamento, e a Justiça pode adotar medidas para coibir novos casos semelhantes na comarca de Cândido Mendes.

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