SANGUE NA VAQUEJADA

Juiz mantém prefeito preso por assassinato de policial

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Prefeito Sangue
Magistrado diz que prisão do prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT) é necessária para preservar a ordem pública e evitar novas condutas violentas.

MARANHÃO, 27 de agosto de 2025 – O juiz Luiz Emílio Braúna Bittencourt Júnior, da 2ª Vara da Comarca de Pedreiras, decidiu nesta terça (26) manter a prisão preventiva do prefeito de Igarapé Grande, João Vitor Xavier (PDT). O gestor confessou ter matado o policial militar Geidson Thiago da Silva durante uma vaquejada em Trizidela do Vale.

A defesa de Xavier pediu a revogação da prisão, destacando que o prefeito se apresentou de forma espontânea em duas ocasiões e está licenciado do cargo por 120 dias. Também afirmou que não há risco concreto à ordem pública, nem à instrução do processo, sugerindo medidas cautelares alternativas.

Entre os pontos levantados, a defesa sustentou que houve confronto direto entre acusado e vítima, contrariando a tese de disparos pelas costas. Destacou ainda que a vítima portava arma de fogo de forma ostensiva. Documentos técnicos apontam trajetórias compatíveis com disparos frontais, reforçando essa versão.

O grupo jurídico também questionou o depoimento indireto da policial militar Régia Candice, por considerá-lo baseado em “ouvir dizer”. Além disso, mencionou áudios atribuídos ao comandante do 19º Batalhão de Polícia Militar de Pedreiras, Coronel Aguiar, sobre a conduta da vítima antes do crime, além de registros criminais anteriores.

O Ministério Público se posicionou contra o pedido de liberdade. Para o órgão, os argumentos apresentados pela defesa não afastam a necessidade da prisão preventiva.

Na decisão, o magistrado destacou ser “indispensável” a manutenção da prisão para proteger a ordem pública, impedir novas condutas violentas e garantir a tranquilidade social, abalada pelo episódio.

O juiz também apontou que a versão apresentada pela defesa exige uma instrução probatória detalhada, com a oitiva de testemunhas presenciais. Segundo ele, alguns depoimentos colhidos até agora divergem da narrativa da defesa.

“Trata-se de medida de cautela necessária para que a instrução ocorra de forma equilibrada e conforme os parâmetros de proteção à vítima previstos em lei. Pelo exposto, mantenho a prisão preventiva de João Vítor Peixoto Moura Xavier para garantia da ordem pública”, concluiu o juiz.

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