
BRASÍLIA, 17 de junho de 2025 – Janja da Silva, primeira-dama do Brasil, é a mais questionada na história do Congresso Nacional, com 95 requerimentos formais desde 2023. Os pedidos, majoritariamente da oposição, abordam desde gastos públicos até sua influência no governo Lula.
Em comparação, Michelle Bolsonaro recebeu apenas 18 solicitações em quatro anos. O volume obriga ministérios a dedicarem tempo para respostas sob risco de crime de responsabilidade.
Dos 95 requerimentos, 76 partiram do PL, principal partido de oposição. As demandas incluem questionamentos sobre uso de servidores, participação em reuniões oficiais e custos de viagens.
Em março, 20 deputados enviaram um documento com 27 perguntas específicas, mas a Casa Civil alegou não ser responsável por informar sobre atividades da primeira-dama, já que Janja não ocupa cargo público.
Além do Congresso, cidadãos recorreram à LAI para obter dados sobre agenda e estrutura da primeira-dama – movimento sem precedentes com antecessoras. Enquanto isso, pesquisa Datafolha mostra divisão na opinião pública: 36% acham que Janja atrapalha o governo, 14% veem contribuição e 40% são indiferentes.
Os números revelam aumento progressivo: nove requerimentos em 2023, 46 em 2024 e 40 apenas no primeiro semestre de 2025. O fenômeno reflete a politização do papel da primeira-dama, agora sob escrutínio sem paralelo na história recente.