
SÃO LUÍS, 28 de abril de 2025 – A intenção de compra para o Dia das Mães em São Luís caiu 8,4% em 2025, segundo pesquisa da Fecomércio-MA realizada entre 26 e 29 de abril. Dos entrevistados, 43% afirmaram que pretendem presentear pelo Dia das Mães, totalizando cerca de 340,2 mil consumidores na capital maranhense.
Apesar da queda na participação, o valor médio dos presentes subiu de R$ 273 para R$ 291, aumento de 6,6%. Dessa forma, a expectativa é que o comércio local movimente R$ 141 milhões, um crescimento nominal de 4,6% em relação ao ano anterior.
De acordo com Maurício Feijó, presidente da Fecomércio-MA, os resultados mostram uma transformação no perfil dos consumidores. A combinação de menos compradores e maior gasto médio reflete o impacto da inflação sobre os preços.
Feijó destaca que o cenário exige ações focadas na qualidade dos produtos e no fortalecimento do relacionamento com o cliente. O objetivo é impulsionar as vendas no primeiro semestre de 2025.
Além disso, a pesquisa revela que a intenção de consumo vem caindo desde 2022, quando atingiu 66,6% no contexto de retomada pós-pandemia. Desde então, a racionalização do consumo tem se consolidado.
IMPACTO DA INFLAÇÃO E DOS JUROS
A inflação acumulada de 5,48% nos últimos 12 meses e os juros elevados pressionam o orçamento das famílias. Por isso, as compras de bens não essenciais ficaram mais restritas em São Luís.
Mesmo com o aumento no ticket médio, o crescimento do faturamento não representa, necessariamente, um ganho real para o comércio, pois a inflação reduz o poder de compra dos consumidores.
Outro ponto importante é que 15,5% da população ainda está indecisa sobre a compra de presentes. Esse grupo representa um mercado potencial adicional de até R$ 3,86 milhões para o varejo.
PREFERÊNCIAS DE COMPRA E LOCAIS
Entre os produtos mais buscados, perfumaria e cosméticos lideram com 36,9%, seguidos por vestuário e acessórios (23,9%) e joias ou bijuterias (17%). Eletroportáteis e celulares também aparecem entre as opções.
As lojas de shopping seguem como o principal canal de compra, preferidas por 48,9% dos entrevistados. A Rua Grande aparece em segundo lugar com 18,8% das citações, seguida pelas lojas de rua e galerias de bairro, com 41,8%.
Por fim, o comércio eletrônico teve baixa adesão, com apenas 3,2% das preferências. A pesquisa ouviu 700 consumidores e apresentou margem de erro de 3,2 pontos percentuais, com 95% de nível de confiança.