
BRASIL, 29 de julho de 2025 – O Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) deixou de incluir quatro entidades sindicais em ações judiciais relativas à “Farra do INSS”. Entre elas estão a Contag e o Sindnapi, com histórico de ligação à esquerda.
O Sindnapi tem como vice-presidente Frei Chico, irmão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A informação foi divulgada após pedido da Liderança da Minoria na Câmara, com base na Lei de Acesso à Informação.
As outras duas entidades poupadas foram a Conafer e a Associação Brasileira de Consumidores e Beneficiários (ABCB). Todas aparecem em relatórios da Controladoria-Geral da União (CGU) e em investigações da Polícia Federal que resultaram na Operação Sem Desconto, deflagrada em abril.
REPASSES SOMARAM MAIS DE R$ 500 MILHÕES
De acordo com os dados obtidos, juntas as quatro entidades receberam R$ 512 milhões do INSS. A Contag foi a que mais arrecadou, com R$ 435 milhões até maio de 2023. O Sindnapi recebeu R$ 77,1 milhões, mas, segundo a CGU, não apresentou documentos válidos que comprovassem a associação dos beneficiários citados.
O caso do Sindnapi chamou atenção por relatos de descontos indevidos em benefícios previdenciários após empréstimos feitos nas lojas Help!, ligadas ao banco BMG. Os repasses coincidiram com o enriquecimento do presidente da entidade, Milton Cavalo, que construiu uma mansão com piscina em um sítio em Ibiúna (SP).
INSS E AGU DIVERGEM SOBRE DECISÕES
Segundo o INSS, a escolha dos alvos é feita pelo próprio instituto, enquanto a Advocacia-Geral da União (AGU) apenas apresenta as medidas judiciais. A AGU informou que ajuizou 15 ações cautelares com pedidos de bloqueio de R$ 2,8 bilhões contra 12 entidades, seis consultorias, dois escritórios de advocacia e três empresas.
O INSS afirmou, em nota, que as investigações continuam e que novas ações de responsabilização podem ser abertas “caso surjam elementos que justifiquem tal apuração”. A autarquia também alegou que os processos foram instaurados com base na Lei Anticorrupção, sem restrições à abertura de procedimentos contra qualquer entidade.








O motivo é simples: Não há quaisquer indícios para justificar um processo contra o Sindnapi, que é uma entidade de 25 anos, idônea e que já vinha denunciando a existência de fraudes contra os idosos.