
SÃO LUÍS, 05 de maio de 2025 – Com uma média que beira um assassinato por dia, a Grande São Luís contabilizou 27 mortes violentas neste mês de abril, segundo dados oficiais da Secretaria de Segurança Pública do Maranhão (SSP-MA).
Os números incluem homicídios dolosos, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. As ocorrências se concentraram em dois dos quatro municípios da Grande Ilha: São Luís e São José de Ribamar. Em Paço do Lumiar e Raposa, aparentemente, abril foi um pouco mais silencioso — ao menos estatisticamente.
Entre os 27 crimes registrados, 24 foram homicídios dolosos, todos cometidos com a conhecida “intenção de matar”. Como de costume, as armas de fogo seguem como protagonistas no enredo, e os alvos, quase todos, foram homens.
Dois latrocínios também foram registrados no mês. As vítimas, homens de 65 e 35 anos, somam-se à lista de vidas que, mesmo rendidas, não escaparam da morte.
Entre os crimes que mais repercutiram está o assassinato de Jeane Farias Fonseca, técnica de enfermagem, morta dentro da própria unidade de saúde no bairro Coroadinho, em São Luís. O autor foi um vigilante, Hilton Abreu, que, segundo relatos, alimentava um interesse não correspondido pela vítima.
Jeane se tornou mais uma vítima de feminicídio em um mês que, ironicamente, abriga o Dia da Mulher Indígena, da Empregada Doméstica e da Saúde. Em abril, estatisticamente, houve três assassinatos de mulheres — número pequeno demais para chocar as estatísticas e grande demais para normalizarmos.