
BRASÍLIA, 7 de janeiro de 2025 – O governo federal reduziu o orçamento destinado à gestão de riscos e desastres ambientais para 2025. A verba será de R$ 1,7 bilhão, uma queda de R$ 200 milhões em relação aos R$ 1,9 bilhão alocados em 2024. A decisão ocorre após um ano marcado por enchentes no Rio Grande do Sul, queimadas no Pantanal e aumento da seca na Amazônia.
Segundo o Instituto de Estudos Socioeconômicos (Inesc), as emendas parlamentares para desastres climáticos também caíram, de R$ 69,9 milhões em 2024 para R$ 39,1 milhões no próximo ano. Em contraste, o Brasil sediará a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (COP30) em novembro de 2025, em Belém (PA).
INVESTIMENTOS PREVENTIVOS EM 2025
Em 2024, R$ 6,9 bilhões foram autorizados em créditos extraordinários para desastres. Entretanto, o Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden) apontou que 42,7% da população em estados como Bahia, Espírito Santo e Pernambuco vive em áreas de risco.
Apenas R$ 400 mil foram destinados a Pernambuco para contenção de encostas por meio de emendas parlamentares. O Ministério da Integração informou que os créditos extraordinários para 2025 dependerão das condições climáticas.
VERBA DO MINISTÉRIO DAS CIDADES
O Ministério das Cidades destacou um aumento de R$ 19 milhões no orçamento de ações preventivas, totalizando R$ 658 milhões em 2025. Além disso, o governo federal alocará R$ 15,8 bilhões em obras de drenagem e R$ 1,7 bilhão para contenção de encostas.
Já o Ministério da Ciência e Tecnologia incluiu R$ 19,9 milhões para o Cemaden no orçamento de 2025, após cortes reduzirem a verba de 2024 de R$ 19,1 milhões para R$ 14,8 milhões.