
BRASÍLIA, 14 de outubro de 2025 – O governo Lula iniciou uma série de exonerações de indicados políticos no Maranhão após a derrota na votação da Medida Provisória 1.303/25, que tratava da taxação de setores como bancos e apostas eletrônicas.
A decisão atingiu nomes ligados a parlamentares que votaram contra o texto, entre eles Pedro Lucas Fernandes (União) e Josivaldo JP (PSD).
Na semana passada, a Câmara dos Deputados aprovou um requerimento de retirada de pauta da medida por 251 votos a 193, impedindo que o mérito fosse analisado. A ministra das Relações Institucionais, Gleisi Hoffmann, afirmou a aliados que cortaria os cargos ocupados por indicados de parlamentares que se opuseram à proposta.
EXONERAÇÕES NO MARANHÃO
Entre os afastados está Lena Brandão, superintendente do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) no Maranhão e irmã do deputado Pedro Lucas Fernandes.
Em nota, Lena agradeceu à equipe e destacou avanços em obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), além de projetos de preservação do patrimônio cultural maranhense.
Outro demitido foi Wellington Reis, ex-superintendente de Agricultura e Pesca no estado, indicado pelo deputado Josivaldo JP. O parlamentar, que busca viabilizar sua pré-candidatura a prefeito de Imperatriz, havia se posicionado contra o governo Lula na votação da medida, o que resultou na perda do cargo de seu indicado.
OUTRAS POSSÍVEIS MUDANÇAS
Além das exonerações já confirmadas, há possibilidade de novas demissões. Entre os cargos em risco está o de Cysne Aderaldo, indicado pelo deputado Marreca Filho (PRD) para a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) no Maranhão. Ele também votou contra o governo federal na mesma sessão.
No total, o movimento de substituição atinge diferentes áreas da administração pública federal. Foram registradas quatro mudanças em superintendências do Ministério da Agricultura, uma diretoria do Dnit, três regionais da Codevasf, uma superintendência do Iphan e duas vice-presidências da Caixa Econômica Federal.







