DOSSIÊ SECRETO

Google não identifica autor de suposta minuta do golpe

Compartilhe
Google dossiê
Google afirma que ordem judicial não indicou URL específica nem conteúdos hospedados em seus serviços, inviabilizando a entrega dos dados solicitados ao STF.

BRASIL, 20 de junho de 2025 –  O Google Brasil informou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que não consegue cumprir a decisão que determinou o fornecimento de dados sobre o autor da publicação da chamada “minuta do golpe” na internet.

Segundo a empresa, a ausência de uma URL específica na ordem judicial impossibilita a identificação do conteúdo requisitado. A declaração foi formalizada por meio de uma petição enviada ao STF em resposta à determinação da Corte.

Na manifestação, o Google ressaltou que seu buscador apenas indexa páginas externas e não possui vínculo direto com os sites listados nos resultados de busca. Além disso, declarou que não exerce controle sobre os conteúdos nem os hospeda.

A big tech afirmou que a mera presença de um resultado no buscador não configura relação com páginas hospedadas ou associadas aos serviços da companhia. Portanto, sem a identificação exata do link, não é possível localizar ou entregar os dados.

A empresa ainda mencionou que o ex-ministro da Justiça Anderson Torres, réu no inquérito, teria informado que o documento investigado estava publicado em sites como “O Cafezinho” e “Conjur”, que não utilizam servidores da Google.

A petição argumenta que, se necessário, os pedidos de informações devem ser direcionados diretamente aos administradores dos portais mencionados, por serem os responsáveis pelo conteúdo veiculado.

O Google reiterou não dispor dos dados solicitados pela Corte e sustentou que o cumprimento da decisão depende do direcionamento do pedido a serviços sob seu controle. Sem isso, afirmou, a execução da medida judicial torna-se inviável.

A “minuta do golpe” é um dos elementos analisados pelo STF no inquérito que investiga uma possível tentativa de ruptura institucional durante o governo Jair Bolsonaro (PL), com base em documentos que indicariam plano para instaurar um Estado de Defesa no Tribunal Superior Eleitoral.

Compartilhe
0 0 votos
Classificação da notícias
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x