
O Fantástico levou ao ar ontem uma reportagem que se predispunha a esclarecer fatos sobre os incêndios apocalípticos que assolam a Austrália. Ao longo da reportagem foram mostradas imagens e os efeitos do maior incêndio florestal do mundo nos últimos anos. Ocorre que dados significativos sobre estes acontecimentos foram simplesmente omitidos em uma tentativa escancarada de impedir o telespectador de fazer uma relação entre o que acontece na Austrália e o aconteceu no Brasil.
A matéria da Rede Globo se ocupou de tentar passar a ideia, FALSA, de que os incêndios na Austrália são causados estritamente por uma circunstância natural. Para isso, a emissora omitiu o fato de que cerca de 200 pessoas foram presas ao longo dos últimos meses por envolvimento direto e indireto nos incêndios.
Ocorre que Jair Bolsonaro foi pintado como um demônio no fim de 2019 por conta dos incêndios na Amazônia. Uma campanha de toda a imprensa mundial que foi comprada por chefes de estado e chegou a usar uma adolescente como linha de frente.
Pois bem, o acontecimento na Austrália começou a desperta a desconfiança das pessoas sobre a culpa do presidente brasileiro. Se Bolsonaro é mesmo esse Calígula que quer destruir a Amazônia e deve ser freado pelo resto do mundo, por que na Austrália a situação é pior e a imprensa fica emudecida?
A saída dos conspiradores foi tentar desumanizar a situação australiana. Aqui no Brasil a coisa acontece por ação de criminosos com anuência do presidente e do ministro Ricardo Salles. Na Austrália é “por causa do calor”.
Em nenhum momento durante toda a reportagem da Globo as autoridades australianas são citadas. E isso mesmo quando Greta Thunberg e Scott Morrison, primeiro-ministro australiano, tenham trocados farpas públicas. O nome de Morrison não é citado NENHUMA vez pela matéria mentirosa da Rede Globo.

Enquanto Bolsonaro ficou conhecido no mundo inteiro, Scott Morrison segue no anonimato protegido pela imprensa mundial.
Um “especialista” chega a falar o absurdo de que “tudo na Austrália foi feito para queimar”.
Ao fim da reportagem, Sônia Bridi anuncia que fará um podcast sobre o tema e arremata: “não há absolutamente nenhuma relação entre o que acontece na Australia e o que aconteceu no Brasil”.
A desumanização na matéria da Rede Globo tem apenas uma intenção: impedir a população de relacionar as duas coisas e chegar à conclusão de que, tanto Austrália quanto Brasil, estão sujeitos a este tipo de tragédia e que essa conversa fiada de presidente mandando atear fogo em matas nativas é invenção de ativista ou jornalista mentiroso.