MARANHÃO, 04 de junho de 2024 – A família do jornalista Vinícius Maldine Vieira, de 29 anos, que faleceu afogado na piscina da casa noturna Rosana Drinks, solicitou à Polícia Civil a reconstituição dos últimos momentos de vida do jornalista.
Os advogados da família argumentam que há várias inconsistências que precisam ser esclarecidas na investigação. Entre os pontos levantados pelos advogados estão:
- Contradições nos depoimentos: Apesar das semelhanças, os relatos das testemunhas apresentam divergências importantes.
- Ausência de imagens: Não há registros visuais do momento exato do afogamento e das tentativas de resgate.
- Tempo de resgate: O tempo alegado pelo policial militar Anderson Campelo para tentar salvar Maldine é incompatível com a cronologia das imagens disponíveis.
Na semana passada, a família de Maldine decidiu processar judicialmente a proprietária da casa noturna, Rosana Rodrigues, responsabilizando-a pelo afogamento.
A ação se baseia no laudo que confirmou a causa da morte por afogamento e na notificação do Corpo de Bombeiros, que constatou que o estabelecimento operava sem os equipamentos e licenças necessárias.
O depoimento de Anderson Campelo à Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) destacou que ele levou mais de cinco minutos para tentar resgatar Maldine da piscina, um tempo considerado excessivo para uma ação de salvamento.
Além disso, a norma NBR10339:2018 da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) estabelece que a profundidade máxima de uma piscina residencial deve ser de 1,40m.
Não há informações disponíveis sobre a profundidade da piscina da Rosana Drinks, mas é questionável que Maldine, com altura superior a 1,80m, tenha se afogado em uma piscina com essa profundidade sem conseguir se salvar.