
BRASIL, 26 de junho de 2025 – A Força Aérea Brasileira (FAB) classificou como sigilosos por cinco anos os detalhes financeiros da operação que trouxe a ex-primeira-dama do Peru, Nadine Heredia, ao Brasil. Ela chegou a Brasília em 16 de abril, após receber asilo diplomático do governo Lula.
A FAB empregou um jato E-135 Shuttle (VC-99C), com capacidade para 14 passageiros e seis tripulantes, cujas diárias somaram R$ 7,5 mil.
A ex-primeira-dama foi condenada por corrupção no Peru, junto com seu marido, o ex-presidente Ollanta Humala. Ambos receberam sentença de 15 anos de prisão por lavagem de dinheiro ligada à campanha eleitoral de 2011.
O governo brasileiro justificou o uso da aeronave militar como medida humanitária, alegando ser a única forma de garantir sua segurança.
Em resposta a um pedido de informação feito pelo portal Metrópoles, a FAB afirmou que os dados são restritos por envolverem operações estratégicas das Forças Armadas. O Comando da Aeronáutica, liderado pelo tenente-brigadeiro Marcelo Kanitz Damasceno, confirmou em junho a decisão, amparada na Lei de Acesso à Informação.
Enquanto isso, o Itamaraty recusou custear o transporte do corpo da brasileira Juliana Marins, morta na Indonésia, alegando que o decreto 9.199/2017 proíbe gastos com repatriação de corpos, exceto em emergências médicas.