
BRASÍLIA, 16 de julho de 2025 – O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e o Ministério das Cidades divulgaram, em boletim recente, que a região metropolitana de São Luís pode receber 53 quilômetros de rede de transporte público coletivo de média e alta capacidade até 2054. A medida integra a proposta nacional da “Rede Futura”.
De acordo com o estudo, a expansão poderá beneficiar cerca de 587,9 mil moradores, com a implantação de sistemas mais sustentáveis, eficientes e integrados. Atualmente, São Luís não possui qualquer rede estruturada com metrôs, trens urbanos ou sistemas BRT.
Segundo os dados do Estudo Nacional de Mobilidade Urbana (ENMU), a capital maranhense pode contar com 46 quilômetros de sistemas BRT ou VLT e outros 7 quilômetros de corredores exclusivos de ônibus. Com isso, cerca de 25% da população da Grande São Luís viveria a até 1 km de estações de transporte público de alta qualidade, conforme o indicador internacional PNT.
O objetivo da proposta é ampliar o acesso, diminuir o tempo de deslocamento diário, reduzir poluentes, melhorar a segurança viária e racionalizar o uso do espaço urbano.
O ministro das Cidades, Jader Filho, destacou que o estudo oferece base técnica sólida para decisões de longo prazo e reforça o planejamento com foco em qualidade de vida. Para ele, o transporte coletivo deve ser mais eficiente, sustentável e acessível.
O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, ressaltou a importância dos corredores de transporte para melhorar a mobilidade, especialmente entre populações vulneráveis. Segundo ele, em São Luís, a implantação representaria uma mudança estrutural com reflexos positivos na segurança e produtividade.
Com a Rede Futura, São Luís poderia atingir um índice RTR (Rapid Transit to Resident) de 25, superando cidades como Santiago (23) e Lisboa (15,3). O índice mede a proporção entre a população urbana e a extensão da rede de transporte rápido.
Hoje, a capital maranhense possui índice muito inferior por não dispor de estrutura adequada.
A adoção do projeto colocaria São Luís em nível semelhante ao de outras grandes cidades latino-americanas e europeias em termos de mobilidade e acesso.







