A Innospace, uma startup aeroespacial sul-coreana, pretende realizar seu primeiro lançamento suborbital em dezembro deste ano, partindo do Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), no Maranhão.
A ocasião servirá como teste para o HANBIT-TLV, um foguete de teste de estágio único com cerca de 16,3 metros de altura, que serve como plataforma de desenvolvimento para o lançador de satélites comercial da startup, o HANBIT-Nano.
O HANBIT-Nano é projetado para levar uma carga útil de até 50 kg para uma órbita polar (que cruza os polos do planeta), a aproximadamente 500 km de altitude. Ambos os foguetes têm um primeiro estágio com um motor híbrido de 15 toneladas, alimentado por oxigênio líquido e parafina.
Além disso, o estágio superior do HANBIT-Nano tem um motor híbrido de 3 toneladas. “Se o lançamento for bem-sucedido, começaremos a nos preparar para um teste do Hanbit-Nano”, disse Kim Jung-hee, porta-voz da startup.
O foguete de testes transportará um sistema de navegação inercial (SISNAV) criado pelo Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (DCTA) da Força Aérea Brasileira (FAB). A tecnologia utiliza um computador, sensores de movimento e rotação para determinar a posição, orientação e velocidade de um objeto sem um referencial externo. Entretanto, segundo um porta-voz da Innospace, a carga não será liberada no espaço.
Segundo Jung-hee, o Brasil ofereceu o Centro de Lançamento de Alcântara para que a startup realizasse seus voos a partir de lá. Em troca, a FAB enviará sua carga útil. Vale lembrar que em maio, a Innospace revelou seus planos realizar até 20 lançamentos a partir do território brasileiro.
Desde sua fundação, em 2017, a Innospace já levantou US$ 27,76 milhões de financiamento. Em janeiro, a startup assinou um memorando com o centro espacial norueguês Andøya Space, para também lançar seus foguetes a partir de lá.