
BRASÍLIA, 05 de abril de 2024 –A senadora Eliziane Gama (PSD) propôs o Dia Nacional de Defesa da Democracia, em homenagem ao jornalista Vladimir Herzog, vítima da ditadura militar no Brasil em 1975. No entanto, esse projeto está inserido em um cenário mais amplo de proliferação de propostas de datas comemorativas no Congresso.
Durante o ano de 2023, foram apresentadas 425 iniciativas para criação de datas comemorativas. Essa prática, embora possa ter motivações nobres, suscita questionamentos sobre a priorização das agendas legislativas e a eficácia do trabalho parlamentar.
Embora essas propostas possam representar interesses legítimos e relevantes para determinados grupos ou setores da sociedade, há críticas sobre a efetividade dessas iniciativas no contexto político mais amplo.
Essa tendência levanta questões sobre a representatividade das pautas abordadas pelos parlamentares e o impacto real dessas datas comemorativas na vida dos cidadãos.
Enquanto o Congresso dedica tempo e recursos para discutir e aprovar essas propostas, outras questões mais urgentes e relevantes para o país muitas vezes ficam em segundo plano.
Além disso, a criação excessiva de datas comemorativas pode diluir a importância de eventos realmente significativos e relevantes para a sociedade.
Ao transformar o calendário legislativo em um espaço para celebrar uma infinidade de temas, corre-se o risco de banalizar o significado e a importância de datas comemorativas genuinamente relevantes.
Uma resposta
Linhares Jr. , vc pegou leve com a senadora Eliziane Gama, eu até entendo, observadas as ressalvas que vc fez. Mais a realidade mesmo é que, esse emaranhado de datas comemorativas, só serve para os próprios políticos se promoverem. Aonde estão os projetos para desburocratizar o país e permitir ao cidadão empreender?