EQUADOR, 10 de janeiro de 2025 – Os eleitores do Equador voltarão às urnas em 13 de abril para decidir entre Daniel Noboa e Luisa González. A eleição presidencial de domingo (9) apresentou uma disputa apertada, com Noboa obtendo 44,6% dos votos e González, 43,91%, segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE), com 74% das urnas apuradas.
Durante a apuração, González declarou vitória parcial e comemorou junto a seus simpatizantes em Quito, onde fogos de artifício e buzinas marcaram a noite.
Os candidatos representam visões opostas: Noboa, um empresário jovem que defende uma linha dura contra o crime, e González, uma advogada de esquerda com propostas voltadas à justiça social. O Equador enfrenta insegurança crescente, desemprego e uma taxa de homicídios de 38 por 100 mil habitantes.
As campanhas ocorreram sob fortes medidas de segurança, após o assassinato de um político em 2023. As fronteiras foram fechadas até segunda, enquanto 100 mil membros da força pública vigiaram os locais de votação.
A situação econômica também preocupa. A dívida pública do país alcança 57% do PIB, segundo o FMI, e a taxa de pobreza chega a 28%. Casos recentes de violência, como o assassinato de quatro crianças em Guayaquil, intensificam o clima de insegurança.
