SEM URNAS ELETRÔNICAS

Eleição interna do PT será feita com uso de voto impresso

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PT vai realizar sua eleição interna com cédulas de papel. Votação está marcada para 6 de julho e deverá mobilizar mais de 1,3 milhão de filiados em todo o país.

MARANHÃO, 23 de maio de 2025 – Depois de tentativas frustradas para conseguir o empréstimo de urnas eletrônicas, o Partido dos Trabalhadores (PT) decidiu realizar sua eleição interna com cédulas de papel. A votação está marcada para 6 de julho e deverá mobilizar mais de 1,3 milhão de filiados em todo o país.

A decisão foi tomada nesta quarta (22) pela Executiva Nacional da legenda, diante da indisponibilidade dos equipamentos por parte de parte significativa dos Tribunais Regionais Eleitorais (TREs).

Das 27 cortes regionais, apenas 16 aceitaram ceder urnas eletrônicas. As demais se recusaram ou impuseram condições consideradas inviáveis pelo partido.

A criação de um sistema virtual, que permitiria o voto por celular ou computador, também foi descartada.

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Motivos não faltaram: prazos curtos, limitações tecnológicas e, principalmente, a frágil conectividade em municípios menores, onde a revolução digital parece ainda não ter chegado com força total — um problema conhecido por gestores públicos há anos, mas que segue sem solução estrutural.

Internamente, dirigentes petistas reconhecem que a opção pelo voto manual poderá render críticas, sobretudo de grupos que costumam contestar a legitimidade das eleições eletrônicas. Ainda assim, a legenda afirma que ficou sem alternativas viáveis.

Um pedido formal de intervenção foi encaminhado à presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), ministra Cármen Lúcia, mas não houve avanço.

O presidente interino do PT, senador Humberto Costa (PE), chegou a argumentar que a capilaridade dos TREs agilizaria o pleito interno. No entanto, segundo interlocutores do TSE, prevaleceu a cautela. O tribunal temia que o atendimento ao partido abrisse precedentes indesejados em ano pré-eleitoral.

Curiosamente, o mesmo TSE já autorizou o uso das urnas para finalidades não eleitorais. Em 2024, por exemplo, o TRE do Rio de Janeiro cedeu os equipamentos para a eleição da presidência do Flamengo — um processo que, ao menos tecnicamente, foi conduzido com mais facilidade do que o de um dos maiores partidos do país.

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