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Cresce nº de pessoas que vivem sozinhas no Brasil, diz Censo

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Número de pessoas que moram sozinhas no Brasil subiu de forma significativa, conforme dados do Censo 2022 divulgados pelo IBGE.

BRASIL, 26 de outubro de 2024 – O número de pessoas que moram sozinhas no Brasil subiu de forma significativa, conforme dados do Censo 2022 divulgados nesta sexta (25), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2010, apenas 12% dos domicílios brasileiros eram habitados por uma única pessoa. Já em 2022, esse índice aumentou para 19%, representando cerca de 13,7 milhões de residências, ou um em cada cinco domicílios.

A proporção de pessoas que moram sozinhas é mais alta entre os idosos. Entre aqueles com 60 anos ou mais, 28,7% vivem sozinhos. Em contraste, entre jovens de até 17 anos, o percentual é de apenas 7,6%.

As estatísticas variam regionalmente: em 2022, as maiores proporções de domicílios unipessoais foram registradas no Rio de Janeiro (23,4%) e Rio Grande do Sul (22,3%), onde a população é mais envelhecida.

Já os estados do Amapá (12%) e Amazonas (13%), com populações mais jovens, apresentaram os menores índices.

Entre os lares chefiados por mulheres, 19,1% são unipessoais, ligeiramente acima dos 18,8% das residências lideradas por homens.

O aumento desses lares ao longo dos anos pode ser atribuído ao envelhecimento populacional e às mudanças nas gerações, com mais pessoas optando por não se casar, adiar o matrimônio ou não ter filhos.

O IBGE categoriza os lares em quatro tipos:

Nuclear: formado por casais e filhos ou outros parentes próximos.
Unipessoal: composto por apenas uma pessoa.
Composta: inclui parentes como avós, tios ou sobrinhos.
Estendida: envolve agregados sem parentesco, como empregados domésticos.
Atualmente, o tipo de configuração mais comum é o nuclear, que representa 64,1% dos lares. Em seguida, estão os lares unipessoais (18,9%), estendidos (15,4%) e compostos (1,5%).

Nos últimos 12 anos, os casais sem filhos cresceram de 16,1% para 20,2%, enquanto as famílias com apenas um filho diminuíram de 49,3% para 37,9%.

A média de moradores por residência também caiu para 2,8 pessoas em 2022, comparado a 3,3 em 2010 e 3,7 em 2000, refletindo as mudanças no perfil familiar do país.

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