
BRASÍLIA, 1º de dezembro de 2025 – A diretoria dos Correios, composta por sete membros, custa quase R$ 8 milhões por ano em salários e benefícios, segundo relatórios da própria estatal. Cada diretor, incluindo o presidente, recebe anualmente um valor total que ultrapassa R$ 1 milhão.
Esses pagamentos ocorrem enquanto a empresa acumula um déficit de R$ 6 bilhões nos primeiros nove meses de 2025.
O presidente da estatal tem um honorário fixo mensal de R$ 53 mil. No entanto, ele recebe ainda o pagamento da chamada “Quarentena”, equivalente ao honorário e pago seis vezes ao ano, e uma “Ajuda de Custo” de mesmo valor.
Dessa forma, apenas com esses itens, a remuneração anual do cargo já supera R$ 1 milhão. Além disso, há benefícios mensais como auxílio-moradia e alimentação.
Os diretores, cujo honorário fixo é de R$ 46 mil mensais, também têm acesso ao mesmo pacote de benefícios. Portanto, todos os integrantes da alta cúpula recebem auxílio-moradia de R$ 4,7 mil, auxílio-alimentação de R$ 1 mil e um plano de saúde de R$ 750 por mês.
Adicionalmente, complementos como previdência complementar, gratificação natalina e de férias são depositados mensalmente.
Consequentemente, a soma anual para cada diretor, incluindo todos os extras, também ultrapassa a marca de R$ 1 milhão. Esse cenário de altos custos com a diretoria se dá no mesmo período em que a empresa reporta prejuízos bilionários e busca empréstimos para sua sustentação financeira.
De janeiro a setembro deste ano, os Correios acumulam um déficit de R$ 6 bilhões, valor três vezes maior que o registrado no mesmo período de 2024. Por causa dos maus resultados, a estatal negociou empréstimos no total de R$ 20 bilhões nos últimos meses.
A situação financeira delicada contrasta com os valores despendidos anualmente com a remuneração de seu alto escalão.







