BRASÍLIA, 13 de janeiro de 2025 – Nos últimos dois anos, o governo do presidente Lula (PT) investiu R$ 2,2 milhões em viagens de membros do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o Conselhão. Os dados, obtidos via Lei de Acesso à Informação, mostram que os gastos somaram R$ 1,1 milhão em 2023 e R$ 1,06 milhão em 2024.
Em 2023, R$ 897 mil foram destinados a passagens aéreas e R$ 249 mil a diárias. Já em 2024, os valores foram R$ 738 mil para passagens e R$ 324 mil para diárias. As despesas cobrem apenas conselheiros que solicitam reembolso pelos custos.
O Conselhão, composto por 249 membros de diferentes regiões do país, realizou quatro reuniões plenárias em Brasília desde sua recriação.
Entre os que mais utilizaram os recursos, destacam-se Ana Carolina Lima da Costa (R$ 27 mil), Fernando Guimarães Rodrigues (R$ 20 mil), Deyvid Souza Barcelar da Silva (R$ 16,3 mil), Elisa Vieira Wandelli (R$ 15,9 mil) e João Carlos Nogueira (R$ 12,8 mil).
A Secretaria de Relações Institucionais (SRI) explicou que esses conselheiros integram o Comitê Gestor do Conselhão, responsável pela administração do órgão, com reuniões bimestrais que aumentam os deslocamentos.
HISTÓRICO DO CONSELHÃO
Criado em 2003, no primeiro mandato de Lula, o Conselhão assessora o Executivo na formulação de políticas públicas. Extinto em 2019 por Jair Bolsonaro (PL), foi recriado por Lula em 1º de janeiro de 2023.
O colegiado inclui, além do presidente e do vice-presidente, o ministro da Secretaria de Relações Institucionais e representantes da sociedade, como a empresária Luiza Trajano, o influenciador Felipe Neto, a educadora financeira Nath Finanças e o padre Júlio Lancellotti.
