BRASÍLIA, 14 de agosto de 2024 – A oposição no Congresso Nacional está se mobilizando para apresentar um pedido de impeachment contra Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
A iniciativa surgiu após revelações publicadas pela Folha de S. Paulo, que acusam Alexandre de Moraes de usar ilegalmente o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para produzir relatórios contra aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Moraes se defendeu, afirmando que o TSE tem “poder de polícia” e que os relatórios foram “oficiais e regulares”.
A senadora Damares Alves (Republicanos-DF) anunciou que parlamentares realizarão uma coletiva de imprensa nesta quarta (14), às 16h, no Congresso, para divulgar detalhes do pedido de impeachment.
O movimento é liderado também pelo senador Eduardo Girão (Novo-CE), que já adiantou estar preparando, com apoio de juristas, um “super pedido de impeachment”.
Girão informou que a solicitação será protocolada no dia 9 de setembro e faz parte de uma campanha nacional que será lançada às 15h, em frente à presidência do Senado.
Diversos parlamentares da oposição se manifestaram após a divulgação do caso. O senador Cleitinho (Republicanos-MG) declarou que não pretende prevaricar diante das denúncias, enquanto o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) classificou o caso como “gravíssimo”.
O ex-deputado Deltan Dallagnol (Novo) afirmou que as mensagens reveladas confirmam suspeitas sobre Moraes desde 2019 e defendeu o impeachment do ministro.
Em contraste, o ministro do Desenvolvimento Agrário, Paulo Teixeira (PT), considerou a reportagem “sensacionalista” e declarou que não corresponde à verdade.