
BRASIL, 05 de março de 2025 – A China corre o risco de ver sua população encolher a menos da metade até o final deste século. Em 2025, o país entra no terceiro ano consecutivo de declínio populacional. Para tentar reverter essa tendência, o governo chinês anunciou medidas para incentivar o aumento da natalidade.
O primeiro-ministro Li Qiang, em um pronunciamento nesta semana, informou que o governo oferecerá subsídios às famílias e desenvolverá serviços de cuidados infantis e educação infantil. O objetivo é estimular os casais a terem mais filhos.
HISTÓRICO DE POLÍTICAS POPULACIONAIS
Até recentemente, a China tentava controlar seu crescimento populacional. Entre 1980 e 2015, vigorou a política do filho único, que limitava os casais a um filho. Essa restrição foi gradualmente relaxada: em 2015, famílias rurais ganharam permissão para ter um segundo filho; em 2016, a regra foi expandida para todas as famílias urbanas.
Em 2021, a China passou a permitir até três filhos por casal. Apesar disso, a taxa de natalidade continuou a cair.
A PERDA DO TÍTULO DE PAÍS MAIS POPULOSO
Em 2023, a China perdeu o título de país mais populoso do mundo para a Índia, segundo projeções da ONU. O declínio da população começou em 2022, após 61 anos consecutivos de crescimento.
O número de habitantes da China, que atualmente é de 1,4 bilhão, pode cair para menos de 700 milhões até 2100, de acordo com as estimativas da Organização das Nações Unidas.
A primeira queda no número de habitantes foi registrada em 1961, após políticas de industrialização fracassadas, que levaram o país a um período de fome.
No entanto, essa tendência de declínio foi revertida rapidamente, o que não se espera para os próximos anos.