VENEZUELA, 30 de julho de 2024 – O presidente da Assembleia Nacional da Venezuela, Jorge Rodríguez, solicitou a prisão de María Corina Machado e do ex-diplomata Edmundo González, ambos opositores do governo, nesta terça (30). Rodríguez acusa os dois de tentativa de golpe de Estado e de questionarem os resultados da eleição.
Durante uma sessão no Parlamento, Rodríguez afirmou: “O Ministério Público deve agir não apenas contra os criminosos nas ruas, mas também contra os líderes, que precisam ser presos.”
Ele especificou que se referia a María Corina Machado e Edmundo González Urrutia, acusando os opositores de liderarem uma “conspiração fascista” na Venezuela.
Rodríguez enfatizou que “com o fascismo não se pode ter contemplações, com o fascismo não se dialoga”. Ele ainda declarou: “Ao fascismo não se dão benefícios processuais. Ao fascismo não se perdoa, quando se perdoa quase acaba com o planeta, quase acaba com a humanidade.”
Na segunda (29), o chefe do Ministério Público da Venezuela, Tarek Saab, anunciou uma investigação contra María Corina Machado por “fraude eleitoral”.
Saab afirmou que María Corina tentou “adulterar as atas” da eleição presidencial, associando-a a um suposto ataque hacker aos sistemas do Conselho Nacional Eleitoral.
De acordo com Saab, “felizmente, essa ação não teve sucesso, mas atrasou o processo e o anúncio dos resultados”.
Ele alegou, sem apresentar provas, que a ação foi coordenada por Lester Toledo, Leopoldo López e María Corina Machado, e que os fiscais estão recolhendo evidências dessas ações para adulterar os resultados.