
RIO DE JANEIRO, 04 de abril de 2025 – O presidente da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Ednaldo Rodrigues, aumentou os salários dos presidentes das federações estaduais para R$ 215 mil mensais, segundo reportagem da Revista Piauí de abril. A medida foi adotada após sua reeleição unânime, um cenário raro na entidade, que não tem disputa eleitoral desde 1989.
O ex-jogador Ronaldo Fenômeno chegou a cogitar uma candidatura à presidência da CBF, mas relatou dificuldades em dialogar com dirigentes estaduais. No Maranhão, a Federação Maranhense de Futebol (FMF) também passou por um período de intervenção política, com promessas de renovação que não se concretizaram.
Em meio a um cenário de crise, Antônio Américo assumiu a FMF com apoio do Ministério Público (MP), prometendo eleições em três meses. Na época, o ex-presidente Alberto Ferreira enfrentava forte desgaste após 20 anos no cargo. A promotora à época liderou ações contra sua gestão, mas, com o passar do tempo, a fiscalização diminuiu.
Américo, que inicialmente declarou não ter interesse em seguir no cargo, acabou permanecendo no comando da FMF. Mudanças no estatuto permitiram sua continuidade, levantando questionamentos sobre a transparência na entidade. Apesar das promessas de reformulação, o futebol maranhense segue sem avanços.
TRAJETÓRIA DE EDNALDO E INCERTEZAS NA SELEÇÃO
Antes de assumir a CBF, Ednaldo Rodrigues presidiu a Federação Baiana de Futebol por quase 20 anos. Ele chegou ao comando da entidade nacional em 2021, após o afastamento de Rogério Caboclo.
Em 2023, foi destituído por decisão do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que considerou ilegal o acordo que viabilizou sua eleição. No entanto, em janeiro de 2024, o Supremo Tribunal Federal (STF) o reconduziu ao cargo.
Enquanto isso, a Seleção Brasileira segue sem treinador para a sequência das Eliminatórias Sul-Americanas, faltando cerca de um ano para a Copa do Mundo de 2026.