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Brasil registra maior queda de nascimentos em mais de 30 anos

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Brasil nascimentos
IBGE mostra redução de 5,8% nos registros de bebês em 2024 no Brasil, superando quedas da pandemia e do surto de Zika. Nº de mortes subiu 4,6% no mesmo período.

BRASIL, 10 de dezembro de 2025 – O Brasil teve a maior redução anual de nascimentos desde os anos 1990, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Em 2024, os cartórios registraram 2.442.726 bebês, uma queda de 5,8% em relação a 2023. O resultado surpreendeu as projeções oficiais e representa a sexta queda consecutiva na natalidade do país. O aumento no número de mortes também foi registrado, com 4,6% mais óbitos no mesmo período.

A redução atual supera marcas anteriores, como a de 2020, no auge da pandemia, e a de 2016, durante o surto de Zika.

O IBGE ainda não identificou uma causa única para o recuo mais acentuado. A análise completa depende dos microdados do Censo 2022, que estão atrasados. No entanto, os técnicos associam o dado a tendências demográficas já consolidadas no Brasil.

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TENDÊNCIAS DEMOGRÁFICAS

O declínio da natalidade acompanha a queda da fecundidade e o acelerado envelhecimento populacional. As projeções do próprio instituto indicam que a população brasileira começará a diminuir a partir de 2042.

Outro fenômeno significativo é a redução da maternidade na adolescência. Em duas décadas, a proporção de nascidos vivos de mães com até 19 anos caiu de 20,8% para 11,3%.

Além disso, muitas mulheres estão adiando a maternidade. Em 2004, 52% dos bebês eram filhos de mães com até 24 anos. Essa proporção caiu para 34,6% em 2024. Portanto, a primeira gestação está ocorrendo mais tardiamente. Essa mudança no perfil etário das mães impacta momentaneamente os indicadores populacionais.

AUMENTO REGISTRADO NO NÚMERO DE MORTES

Paralelamente à queda na natalidade, o número de mortes subiu 4,6% em 2024, com 65.811 registros a mais que no ano anterior. A expectativa de vida do brasileiro é estimada em 76,6 anos. Do total de óbitos, 90,9% foram por causas naturais e 6,9% por causas externas. Para 2,2% dos casos, não houve informações suficientes para classificação.

O crescimento dos óbitos foi verificado em todas as regiões do país. Especialistas apontam que esse aumento é um reflexo direto do envelhecimento da população.

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