
O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) falou com jornalistas sobre a Operação Venire da Polícia Federal realizada nesta quarta (3) que o tornou alvo de busca e apreensão. O ex-mandatário admitiu, inclusive, ter ficado surpreso com a ação da PF.
Na oportunidade, o direitista disse que não se vacinou contra a Covid-19 por uma “visão pessoal”, negou que tenha cometido adulteração no seu cartão de vacinas e alegou que não se pode falar sobre o assunto no Brasil: ‘Que bom seria se estivesse num país democrático’
“Repito, não fui vacinado visão pessoal minha, principalmente após ler a bula da Pfizer. A minha esposa foi vacinada nos Estados Unidos coma Jassen e está documentado. Minha filha [Laura], que respondo por ela, atualmente 12 anos, não tomou a vacina. Em momento nenhum falei que tomei e não tomei (…) Fazer busca e apreensão na casa de um ex-presidente para criar um fato? (…) O meu celular foi apreendido, o meu telefone não tem senha. Não tenho nada a esconder. Que bom se estivesse em um país democrático e pudesse discutir todos os assuntos, inclusive vacina”, disse Bolsonaro.
A Polícia Federal (PF) apura se o cartão de vacinação do político e da sua filha teriam sido fraudados através da inserção de dados falsos em sistemas do Ministério da Saúde. Ao ingressar com os dados fictícios no sistema, os beneficiados eram capazes de burlar restrições sanitárias.
Além de Bolsonaro e da filha, os certificados de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do presidente, e de sua família também teriam sido alterados. Por conta disso, Mauro Cid foi preso pelos agentes da PF, assim como outros ex-seguranças próximos a Bolsonaro.
Jair Bolsonaro deve preste depoimento ainda nesta hoje (3).