Em plena pré-campanha por 2022, o governador Flávio Dino tem visitado Brasília regulamente. Em sua agenda, quase sempre, reuniões com a cúpula do PSB. Chama a atenção a ausência do deputado federal Bira do Pindaré nas reuniões.
Não é novidade que o governador tenta uma filiação no PSB por saber que sua legenda, o PCdoB, tem chances nulas possibilitar uma campanha competitiva. Essa história de “comunista Graças a Deus” só funciona em um estado miserável de gente semialfabetizada como o é o Maranhão. Sabedor disso, Dino prepara a saída do PCdoB e mira o PSB.
E como não contar com o apoio e companhia do maior nome do partido no Maranhão? O fato é que Flávio Dino não apenas não conta com Bira, como também nem considera o deputado como um aliado de primeira ordem.
Bira do Pindaré é um estorvo político do qual Flávio Dino, pelo menos pelo momento, se vê obrigado a aguentar. O que não deixa de ser esclarecedor sobre o senso de gratidão do próprio Flávio Dino. O deputado federal foi peça importante na chegada ao poder em 2014. Muito do que se colheu naquele ano foi plantado em 2006, quando Bira saiu do anonimato para a elite da política estadual ao ter um desempenho incomum nas eleições para o Senado.
Além de Flávio Dino, Bira do Pindaré também conta com a antipatia de Luciano Leitoa, atual mandatário do PSB no estado. Luciano e Bira estão rompidos e o deputado tenta, há semanas, dar um golpe no correligionário.
A candidatura em São Luís talvez seja uma jogada de voltar ao topo das discussões e revigorar a carreira. Porque do jeito que está, e com os adversários que tem, Bira tende a definhar.