BRASIL, 16 de outubro de 2024 – As aposentadorias de 394 ex-deputados federais custam R$ 7,5 milhões por mês, o que equivale a R$ 97 milhões anuais. Dentre esses, oito ultrapassam o teto remuneratório de R$ 44 mil, conforme revelou o portal Gazeta do Povo.
Além disso, 475 pensionistas de ex-deputados falecidos recebem benefícios, cujos detalhes permanecem sob sigilo.
Alguns ex-deputados combinam suas aposentadorias com outras fontes de renda, como salários de órgãos públicos e pensões de ex-governadores.
O maior exemplo é o ex-deputado e atual ministro da Defesa, José Múcio Monteiro, que recebe R$ 94 mil mensais ao acumular sua aposentadoria da Câmara, do TCU e seu salário de ministro.
Ex-deputados Ricardo Izar Júnior e Dr. Francisco Gonçalves estão entre os que ultrapassam o teto constitucional, ambos aposentados por invalidez.
Izar foi diagnosticado com Parkinson em 2022, e Gonçalves, com uma doença cardíaca em 2007. Gonçalves, no entanto, foi flagrado atuando como médico, fato que está sob investigação pela Câmara.
Ex-governadores Alceu Collares e Germano Rigotto também acumulam generosos benefícios, somando aposentadorias da Câmara e pensões como ex-governadores.
BENEFÍCIOS ACIMA DO TETO CONSTITUCIONAL
O acúmulo de aposentadorias por ex-deputados e ex-ministros do TCU gera polêmica, pois o Tribunal reconhece o Instituto de Previdência dos Congressistas (IPC) como entidade privada, isentando os benefícios do abatimento do teto constitucional.
Ex-deputados como Humberto Souto e Augusto Nardes estão entre os que mais acumulam rendimentos.
CONDENADOS TAMBÉM RECEBEM APOSENTADORIAS
Mesmo ex-deputados condenados, como José Dirceu, José Genoino e Roberto Jefferson, continuam a receber valores consideráveis de aposentadoria, somando-se aos bilhões já pagos pelo governo em pensões desde a extinção do IPC.