BRASIL, 16 de dezembro de 2024 – Uma em cada cinco pessoas no Brasil mora em imóveis alugados, segundo a pesquisa preliminar do Censo Demográfico 2022 divulgada pelo IBGE. O levantamento aponta que 20,9% da população residia em domicílios alugados no último ano, um aumento significativo em relação a 2000, quando o índice era de 12,3%.
A maior parte dos domicílios alugados é ocupada por pessoas que vivem sozinhas (27,8%) ou por famílias monoparentais (35,8%), onde apenas um dos pais, geralmente a mãe, é responsável pelos filhos. Em Lucas do Rio Verde (MT), mais da metade da população (52%) vive em imóveis alugados, sendo o único município com essa característica.
Entre cidades com mais de 100 mil habitantes, Balneário Camboriú (SC) registra a maior proporção de aluguéis (45,2%), enquanto Cametá (PA) apresenta o menor índice (3,1%).
TENDÊNCIA HISTÓRICA
O número de inquilinos no Brasil tem crescido desde 1980, quando 19,9% da população vivia em imóveis alugados. Após quedas nos anos 1990, o índice voltou a subir, alcançando 16,4% em 2010 e chegando a 20,9% em 2022.
Esse crescimento é observado em todas as regiões do país, especialmente em áreas de maior renda, como Distrito Federal, São Paulo e Santa Catarina.
Os dados mostram que a população jovem opta mais por morar de aluguel. A faixa etária com maior participação em imóveis alugados é a de 25 a 29 anos, com 30,3%. Esse comportamento está associado ao ingresso no mercado de trabalho ou no ensino superior.
DISTRIBUIÇÃO DOS DOMICÍLIOS NO BRASIL
Dos 72,5 milhões de domicílios particulares permanentes ocupados em 2022, 22,2% são alugados. Entre os demais, 71,3% são próprios e 5,6% são cedidos ou emprestados. Domicílios próprios já quitados representam 63,6% do total, enquanto 9,1% ainda estão sendo pagos.
Os resultados divulgados pelo IBGE são preliminares e baseados em uma amostragem de 10% da população. A definição final dos dados passará por consulta às prefeituras e novas ponderações para garantir representatividade nacional.