
Franca, 17 de maio de 2023 – As ações da Magalu (MGLU3) registraram queda de 22,83% depois de anunciar o maior prejuízo da empresa no primeiro trimestre desde o IPO. Dessa forma, os analistas aguardava uma reação negativa do mercado aos resultados.
O prejuízo líquido no 1T23 foi de R$ 391,2 milhões, um crescimento de 142,5% em relação ao mesmo período de 2022. Segundo especialistas da XP, os resultados foram fracos, mas em linha com as expectativas. Ainda mais, a alta da receita foi tímida, e a rentabilidade foi afetada pela reintrodução da cobrança do DIFAL. Inclusive, houve uma queima de caixa de R$ 3,2 bilhões devido à sazonalidade.
Embora o volume bruto de mercadorias (GMV) tenha crescido 10% em relação ao ano anterior, a receita líquida subiu somente 3% devido ao impacto do DIFAL nas deduções de receita bruta e à menor penetração do estoque próprio (1P). A margem bruta sofreu uma queda de 40 pontos-base por conta da reintrodução do DIFAL, mas a margem Ebitda ajustada ficou praticamente estável.
O prejuízo líquido foi de R$ 391 milhões, influenciado por maiores despesas financeiras. O fluxo de caixa livre foi negativo em R$ 3,2 bilhões, mas houve uma melhora em relação ao ano de 2022. A empresa anunciou modificações na diretoria e detalhou suas metas estratégicas. Os resultados foram impactados pelo ambiente macroeconômico desafiador no Brasil, com altas taxas de juros e categorias dependentes de crédito. Os investidores estão focados na retomada da lucratividade da empresa, o que deve levar algum tempo.
Diante disso, as recomendações dos analistas para as ações da Magalu variam de neutra a compra. Alguns reforçam a necessidade de uma diminuição nas taxas de juros como um fator positivo para a empresa. Porém, o mercado continuará aguardando uma recuperação mais concreta da rentabilidade.