
BRASÍLIA, 17 de dezembro de 2025 – O Ministério da Fazenda analisa um empréstimo de até R$ 12 bilhões para os Correios. O ministro Fernando Haddad confirmou a informação nesta terça (16) em Brasília.
A proposta, enviada por um consórcio de bancos, segue as regras do Tesouro Nacional e não rompe o limite fiscal. Segundo Haddad, um aporte direto de recursos da União na estatal está descartado no momento.
O ministro explicou que a operação só será aprovada se a taxa de juros não ultrapassar 120% do CDI. O Tesouro Nacional já barrou uma proposta anterior com taxa de 136% do CDI, por considerá-la excessivamente alta. Dessa forma, os Correios buscam novas condições para fechar seu orçamento e viabilizar um plano de reestruturação.
CONTEXTO DA CRISE FINANCEIRA
A estatal enfrenta uma crise decorrente de quedas de receita em serviços tradicionais e do aumento de custos operacionais. Além disso, a empresa registra perdas logísticas significativas.
O crescimento do e-commerce gerou alguma demanda, mas não foi suficiente para compensar os problemas. Consequentemente, gargalos estruturais, a falta de investimentos passados e a concorrência privada agravaram a situação.
Haddad já havia usado uma analogia para descrever o cenário. Segundo ele, as novas empresas de logística ficaram com a parte mais rentável do mercado. Portanto, os Correios teriam ficado apenas com os serviços menos lucrativos.
A empresa agora depende do empréstimo para executar um plano de recuperação sólido.







