VERBA INVISÍVEL

TCU observa baixa transparência em emendas; MA entre casos

Compartilhe
TCU Emendas
Relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) identifica déficit estrutural de transparência em 16 cidades, inclui dois municípios do Maranhão.

BRASÍLIA, 05 de dezembro de 2025 – O Tribunal de Contas da União (TCU) informou nesta quarta (3) que detectou falhas de transparência em 16 dos 24 municípios analisados em auditoria realizada no Brasil.

O órgão avaliou o uso de emendas parlamentares e constatou ausência de dados essenciais sobre execução, etapas de aplicação e origem dos recursos, o que compromete o acompanhamento social e dificulta a fiscalização oficial.

Além disso, o relatório examinou a divulgação das emendas individuais, de bancada e de comissão, que somaram R$ 49,17 bilhões em 2024.

O TCU afirmou que nenhum município alcançou nível elevado de transparência, embora Cariacica, no Espírito Santo, tenha registrado 80% de adequação. O tribunal observou, porém, que faltam informações como cronogramas completos e datas de atualização.

Inscreva-se e não perca as notícias

MARANHÃO APARECE ENTRE OS CASOS MAIS GRAVES

O TCU incluiu dois municípios do Maranhão na amostra. Estreito recebeu pontuação zero porque não publica qualquer dado sobre o uso de emendas, o que viola a Constituição e a Lei de Acesso à Informação.

O tribunal afirmou que a ausência total de registros impede rastreabilidade e elimina condições mínimas de transparência ativa no portal municipal.

Além disso, São Luís obteve desempenho de 52,33% e foi classificada como regular. O relatório informou que a capital apresenta dados básicos, mas ainda possui lacunas importantes, especialmente durante a implantação do Siafic.

O documento registrou que a Câmara Municipal resistiu ao sistema e só aderiu após negociação com o Executivo, que assumiu a integração técnica.

FALTA DE PADRÃO COMPROMETE OS PORTAIS

O TCU relatou que muitos municípios enfrentam dificuldades para padronizar sistemas de registro orçamentário, o que afeta diretamente a transparência.

O órgão observou que várias cidades não implantaram totalmente o Siafic e que algumas enfrentam problemas técnicos, falta de equipe qualificada e acúmulo de funções entre servidores responsáveis pelos portais.

Além disso, a auditoria identificou falhas na integração entre sistemas e erros na classificação contábil que prejudicam a identificação da origem das verbas. O tribunal citou casos como o de São Paulo, onde marcadores obrigatórios não aparecem corretamente, o que dificulta o rastreamento das emendas parlamentares analisadas.

Compartilhe
0 0 votos
Classificação da notícias
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x