
BRASÍLIA, 28 de novembro de 2025 – O ministro Cristiano Zanin solicitou que o presidente da Primeira Turma do STF marque o julgamento da denúncia contra os deputados Josimar Maranhãozinho, Pastor Gil e o suplente Bosco Costa.
O pedido ocorreu após nova análise do processo, que trata de acusação de corrupção passiva ligada a emendas parlamentares destinadas a São José do Ribamar.
Segundo a Procuradoria-Geral da República, os três parlamentares solicitaram R$ 1,67 milhão em propina ao prefeito da cidade para liberar R$ 6,67 milhões em emendas da saúde.
A PGR aponta que o grupo atuou de forma organizada e que a denúncia descreve pagamentos vinculados ao esquema. As acusações incluem ainda a participação de outros envolvidos e o uso de contas de familiares.
A PGR afirma que Josimar Maranhãozinho liderou o grupo e coordenou a liberação das emendas, além de intermediar valores entre os integrantes. Dessa forma, o órgão sustenta que o parlamentar centralizou decisões e repasses.
A denúncia destaca que a atuação envolveu intermediários e o agiota conhecido como Pacovan, que morreu durante o andamento das investigações.
Além disso, a Procuradoria relata que Bosco Costa utilizou contas bancárias de sua esposa e de seu filho para movimentar valores relacionados ao caso. A acusação inclui ainda Thalles Andrade Costa, Gildenemir de Lima Sousa, Adones Gomes Martins, Abraão Nunes Martins Neto e Antônio José Silva Rocha.
Por fim, a PGR pediu a condenação dos réus por corrupção passiva e organização criminosa. A denúncia também solicita a perda dos mandatos parlamentares e o pagamento de indenização por danos morais coletivos, além da inclusão das penas previstas para os crimes atribuídos.
O ministro Zanin liberou o caso para julgamento e concedeu mais cinco dias para que Adones Gomes Martins, Abraão Nunes Martins Neto e Antônio José Silva Rocha apresentem suas alegações finais.
Os três não enviaram suas manifestações dentro do prazo inicial previsto no processo que originou a denúncia.







