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Informalidade no Maranhão é a maior do país, diz IBGE

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Informalidade Maranhão
Maranhão registrou no terceiro trimestre de 2025 a maior taxa de informalidade do país, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatistica (IBGE).

MARANHÃO, 14 de novembro de 2025 – O Maranhão registrou no terceiro trimestre de 2025 a maior taxa de informalidade do país, segundo o IBGE. O levantamento, divulgado nesta sexta (14), apontou que 57% da população ocupada trabalha sem proteção legal, enquanto o desemprego estadual manteve estabilidade.

Além disso, o instituto mostrou que apenas Rio de Janeiro e Tocantins reduziram a desocupação no período. Nas demais 25 unidades, incluindo o Maranhão, a taxa permaneceu estável. O estado também apresentou os menores índices de carteira assinada no setor privado.

Segundo o IBGE, o Maranhão superou Pará e Piauí no ranking de informalidade. O país registrou média de 37,8%, mas estados com menor renda apresentaram taxas muito superiores. O levantamento destacou que apenas 51,9% dos empregados maranhenses possuem carteira assinada.

O índice nacional de formalização é de 74,4%, com Santa Catarina alcançando 88%. Além disso, o Brasil registrou 25,3% de trabalhadores por conta própria, proporção que também tem forte presença na força de trabalho maranhense, conforme apontou a pesquisa.

O estudo reforçou que a elevada informalidade no estado afeta a proteção trabalhista e a garantia de direitos sociais. O cenário envolve ocupações sem vínculo formal e atividades exercidas sem registro, o que amplia a vulnerabilidade dos trabalhadores.

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DESEMPREGO MANTÉM ESTABILIDADE NO TRIMESTRE

No recorte do desemprego, o Maranhão integrou o conjunto de estados sem variação significativa. Pernambuco, Amapá e Bahia permaneceram com as maiores taxas, enquanto Santa Catarina, Mato Grosso e Rondônia registraram os menores percentuais no período analisado.

O país alcançou taxa de 5,6%, número considerado o mais baixo para o período desde 2012. O IBGE classificou como desocupadas as pessoas que não possuem trabalho e procuram uma vaga, seguindo padrões internacionais em seu método estatístico.

O levantamento também destacou diferenças regionais e reforçou que estados do Sul continuam com menores níveis de desocupação. Além disso, os resultados nacionais mostraram estabilidade em comparação ao trimestre anterior, mantendo tendência observada no ano.

DESIGUALDADES NO MERCADO DE TRABALHO

A pesquisa mostrou desigualdade de gênero, com taxa de desemprego de 6,9% entre mulheres e de 4,5% entre homens. Por cor ou raça, brancos registraram 4,4%, enquanto pretos chegaram a 6,9% e pardos atingiram 6,3% no trimestre.

No critério de instrução, quem possui ensino médio incompleto teve desem­prego de 9,8%. Por outro lado, trabalhadores com ensino superior completo registraram 3%. Esse contraste ilustrou diferenças estruturais dentro do mercado brasileiro.

O rendimento médio real chegou a R$ 3.507 e permaneceu estável no trimestre. As regiões Sul e Centro-Oeste tiveram os maiores valores, superando R$ 4 mil. A massa de rendimento alcançou R$ 354,6 bilhões e o Sudeste atingiu o maior valor da série histórica.

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