CAOS ONCOLÓGICO

Pacientes do SUS esperam em dobro por tratamento do câncer

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câncer pacientes
Movimento Todos Juntos Contra o Câncer revela que pacientes do SUS esperam mais do que os prazos legais para diagnóstico e início de terapias oncológicas.

BRASIL, 17 de setembro de 2025 – Pesquisa realizada pelo Movimento Todos Juntos Contra o Câncer (TJCC) indica que pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) enfrentam atrasos superiores aos limites estabelecidos por lei para exames e início do tratamento do câncer.

A média apontada pelo levantamento é de 50 dias para confirmação do diagnóstico e 75 dias até o início da terapia.

A Política Nacional de Prevenção e Controle do Câncer (PNPCC), em vigor desde 2023, determina prazos menores: até 30 dias para exames e 60 dias para começar o tratamento.

Na prática, pacientes chegam a esperar mais de um mês além do estipulado. Os dados foram divulgados pelo TJCC durante o 12º Congresso Todos Juntos Contra o Câncer, nesta terça (16).

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DESIGUALDADES REGIONAIS

O estudo cruzou informações do Ministério da Saúde e do Instituto Nacional de Câncer (INCA), além de registros obtidos via Lei de Acesso à Informação (LAI).

Foram analisados 21 estados, o Distrito Federal e 12 capitais, incluindo Belo Horizonte, Recife, Manaus, Rio de Janeiro, São Paulo e Porto Alegre. Mais de um terço das gestões não respondeu no prazo legal.

A médica sanitarista Catherine Moura, CEO da Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia (Abrale) e líder do TJCC, afirma que os dados evidenciam desigualdades no país. Segundo ela, Sul e Sudeste apresentam prazos mais próximos do previsto pela lei, enquanto Norte e Nordeste concentram os maiores atrasos no atendimento oncológico.

PROMESSA

Em maio de 2025, o governo federal divulgou parceria com estados e municípios para o programa “Agora Tem Especialistas”, que prometia ampliar o acesso a consultas, exames e cirurgias.

O Ministério da Saúde informou que a iniciativa visa utilizar a estrutura pública e privada de saúde para aumentar a capacidade de atendimento local. A meta do programa é reduzir o tempo de espera em especialidades prioritárias, incluindo oncologia, ginecologia, cardiologia, ortopedia, oftalmologia e otorrinolaringologia.

Apesar da divulgação, os atrasos persistem em diversas regiões.

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