CRIME PREVIDENCIÁRIO

Oposição protocola abertura de CPI do Roubo dos Aposentados

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CPI inquérito
O deputado federal Coronel Chrisóstomo (PL-RO) reuniu as 171 assinaturas necessárias para pedir a abertura da CPI que pretende investigar fraudes no INSS.

BRASÍLIA, 30 de abril de 2025 – Os deputados de oposição ao governo Lula conseguiram as 171 assinaturas necessárias para criar a CPI do Roubo dos Aposentados – ou, como alguns preferem chamar, a “CPI dos Descontos Associativos que Ninguém Associou”.

O deputado Coronel Chrisóstomo (PL-RO), autor do requerimento, anunciou o feito durante uma audiência nada amistosa com o ministro Carlos Lupi (Previdência), que, segundo o parlamentar, está mais para “garoto-propaganda da tranquilidade” do que para fiscal de fraude bilionária.

A Polícia Federal já apura um esquema que desviou R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas – dinheiro que, curiosamente, sumiu sem pedir licença. O método? Sindicatos e entidades usaram documentos falsificados para aplicar “descontos voluntários” em benefícios, muitos deles de idosos, cadeirantes e acamados que nunca autorizaram nada.

O governo demitiu Alessandro Stefanutto, então presidente do INSS, depois que a PF escancarou o rombo. Mas, como bom aluno que nunca admite a cola, o Palácio do Planalto segue afirmando que tudo está sob controle – ou pelo menos era o que Lupi tentava vender na audiência, antes de ser interrompido por Chrisóstomo:

“Ministro, com todo respeito, mas ou você não sabe de nada ou está fingindo muito bem. Peça para sair.”

Agora, a Câmara dos Deputados terá a chance de investigar se o INSS virou um “banco paralelo” para golpistas ou se foi apenas mais um caso de “falha de sistema” – aquela velha desculpa que sempre aparece quando o assunto é dinheiro público sumindo.

O deputado Luciano Zucco (PL-RS), líder da oposição, garante que a CPI vai “cutucar” não só os fraudadores, mas também possíveis “amigos políticos” que fizeram vista grossa.

Enquanto isso, o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), segura o poder de autorizar ou não a CPI. Resta saber se ele vai priorizar a transparência ou seguir o roteiro clássico de “vamos aguardar os desdobramentos”.

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