PRIMEIRA-DAMA

Gonet arquiva denúncias sobre gastos de Janja em viagens

Compartilhe
Gone dama
Procurador-geral Paulo Gonet encerrou investigações após considerar ausência de indícios de irregularidades nos custos das viagens da primeira-dama.

BRASÍLIA, 14 de março de 2025 – O procurador-geral da República, Paulo Gonet, decidiu arquivar as denúncias apresentadas por parlamentares da oposição sobre os gastos da primeira-dama Janja, em viagens oficiais. Ele argumentou que os pedidos careciam de elementos mínimos que apontassem qualquer irregularidade de natureza cível ou penal.

Na decisão, Gonet afirmou que a participação de Janja em eventos oficiais não caracteriza ingerência indevida na administração pública. Segundo ele, é prerrogativa do presidente da República delegar ao cônjuge atos protocolares com o objetivo de otimizar relações diplomáticas, prática consolidada historicamente.

O procurador-geral ressaltou que há uma tradição no papel social das primeiras-damas no Brasil. Ele comparou a atuação de Janja com a de Darcy Vargas, esposa do ex-presidente Getúlio Vargas, que teve papel relevante na criação e direção da Legião Brasileira de Assistência, instituição voltada a fins assistenciais.

Gonet acrescentou que as representações apresentadas não trouxeram indícios de desvio de recursos públicos. O que se verificou, segundo ele, foram manifestações de descontentamento com os custos das atividades, que são públicos e justificados. Dessa forma, não caberia ao Ministério Público Federal investigar a legalidade dos gastos.

Entre os gastos contestados, destacou-se a viagem da primeira-dama a Roma, em fevereiro de 2023, que custou aproximadamente R$ 260 mil ao governo federal. Janja foi designada pelo presidente Lula (PT) para representar o Brasil em uma reunião do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola.

No ano anterior, a viagem da primeira-dama à Olimpíada de Paris gerou um custo de R$ 83,6 mil. Durante esse deslocamento, Janja viajou em voo comercial e, ao chegar à França, recebeu tratamento de chefe de Estado, incluindo desembarque prioritário e acesso a uma área reservada a autoridades.

Por fim, Gonet concluiu que, na ausência de provas que apontem irregularidades atribuíveis à primeira-dama, não há justa causa para a abertura de investigação.

Compartilhe
0 0 votos
Classificação da notícias
Inscrever-se
Notificar de
guest
0 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários

Gostaríamos de usar cookies para melhorar sua experiência.

Visite nossa página de consentimento de cookies para gerenciar suas preferências.

Conheça nossa política de privacidade.

0
Adoraria saber sua opinião, comente.x