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SÃO LUÍS, 10 de janeiro de 2025 – O Índice de Confiança dos Empresários do Comércio (ICEC), apurado mensalmente pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Maranhão (Fecomércio-MA) em parceria com a Confederação Nacional do Comércio (CNC), registrou 115,9 pontos em janeiro de 2025.
Apesar de manter-se acima da linha do otimismo, que é de 100 pontos, o resultado representa uma queda de 4% em relação ao mês anterior.
A pesquisa aponta que os subindicadores que mais impactaram essa retração foram contratação de funcionários, com redução de 9,3%; expectativas sobre a economia brasileira, que recuaram 6,5%; e percepção sobre o setor do comércio, que caiu 5,3%.
Esses resultados estão diretamente relacionados a um cenário macroeconômico desafiador, marcado por uma inflação acumulada de 4,83% nos últimos 12 meses e pela taxa básica de juros (Selic) fixada em 13,25% ao ano.
O subindicador de avaliação das condições atuais foi o mais afetado, atingindo 92,9 pontos, abaixo da linha do otimismo. Esse resultado representa uma queda de 3,1% em comparação a dezembro e reflete uma postura mais cautelosa dos empresários diante do cenário econômico atual.
Segundo Maurício Feijó, presidente da Fecomércio-MA, essa retração é influenciada tanto por um ajuste sazonal quanto pelos desafios do cenário macroeconômico.
“O momento exige cautela, especialmente diante da pressão crescente sobre os custos. No entanto, é importante destacar que a tendência é de recuperação nos próximos meses, com datas comemorativas como Carnaval, Páscoa e Dia das Mães tradicionalmente fortalecendo o comércio”, afirmou.
Apesar da desaceleração, os componentes de expectativas futuras e investimentos continuam em patamares otimistas, com 146 e 108 pontos, respectivamente. Contudo, ambos apresentaram quedas em relação ao mês anterior, refletindo uma contenção no curto prazo.
A inflação elevada e a taxa Selic alta afetam diretamente o poder de compra dos consumidores, gerando incertezas sobre a estabilidade econômica. Além disso, o custo elevado do crédito dificulta a expansão dos negócios e limita as contratações.