SÃO LUÍS, 10 de janeiro de 2025 – Desde 2021, a gestão do prefeito Eduardo Braide repassou R$ 140.147.676,66 às empresas de ônibus de São Luís. Os subsídios visam equilibrar o sistema coletivo, evitar greves e manter tarifas estáveis. No entanto, atrasos salariais e deficiências no serviço geram insatisfação entre trabalhadores e usuários.
Os valores distribuídos seguem a Lei Complementar Municipal nº 3430/96, o Decreto 47.873/16 e contratos de concessão firmados em 2016 com empresas como Viação Primor, Consórcio Upaon-Açu, Consórcio Via SL e Consórcio Central.
Em 2024, os repasses atingiram o maior patamar, com R$ 81.550.864,70. Para 2025, já há previsão de R$ 6.803.177,18, reforçando a continuidade dos subsídios.
Além de cobrir custos operacionais, esses recursos devem custear gratuidades e obrigações trabalhistas. Entretanto, os atrasos frequentes e a qualidade inadequada do serviço geram revolta sobre a eficácia desses pagamentos.
HISTÓRICO DE GREVES
Desde o início da atual gestão, São Luís enfrentou quatro greves de ônibus, a mais longa em fevereiro de 2022, com 44 dias de paralisação. Em fevereiro de 2024, outra greve interrompeu o serviço, levando a Justiça a ordenar a circulação mínima de 50% da frota.
Os trabalhadores afirmam que as empresas não cumprem os acordos, mesmo após os repasses da prefeitura. Agora, o sindicato exige a regularização de pendências financeiras em até 72 horas úteis, sob pena de nova paralisação a partir de 14 de janeiro.
POSSÍVEL AUMENTO NA TARIFA
As tarifas atuais de R$ 4,20 (linhas integradas) e R$ 3,70 (não integradas), reajustadas em 2023, podem subir para R$ 4,50 e R$ 4,00, respectivamente.