SÃO LUÍS, 10 de dezembro de 2024 – O debate sobre a ampliação de impostos no Maranhão gerou forte divergência entre os deputados Roberto Costa e Rodrigo Lago durante a sessão plenária desta terça (10).
Enquanto Costa defendeu o aumento como medida para financiar políticas sociais, Lago apontou que o estado já possui recursos suficientes e condenou o impacto no contribuinte.
O deputado Roberto Costa elogiou as iniciativas do governo estadual para reduzir a extrema pobreza e reforçou a importância do aumento de impostos como uma forma de redistribuição de renda.
“São 200 mil maranhenses que saíram da extrema pobreza, segundo dados do IBGE. Essas pessoas viviam com apenas sete reais por dia. O aumento de impostos é uma forma de tirar de quem mais tem para dar dignidade a quem mais precisa”, afirmou.
Costa também destacou o papel dos Restaurantes Populares e do programa Mais Renda na melhoria das condições de vida da população vulnerável.
“Em Bacabal, foram entregues quase 200 carrinhos que deram dignidade a mães e pais de família. As políticas públicas do governo Brandão estão no caminho certo, com resultados reconhecidos pelo IBGE”, pontuou.
Em contrapartida, o deputado Rodrigo Lago questionou a necessidade de aumentar tributos. Ele atribuiu os dados positivos ao ajuste do programa Bolsa Família pelo governo federal e criticou a decisão do governo estadual.
“Com uma previsão de receita de 38 bilhões na LOA de 2025, não há necessidade de pesar ainda mais a carga tributária. O estado já dispõe de recursos para implementar esses programas sem onerar o contribuinte, que já enfrenta alta carga fiscal”, argumentou Lago.
Lago também reforçou que as medidas sociais devem ser implementadas com responsabilidade fiscal e sem exageros no aumento da arrecadação. “Minha preocupação é com o bolso do contribuinte, que não deve arcar com um tributo desproporcional, mesmo diante de políticas importantes”, concluiu.
O debate encerrou acalorado entre os deputados quando Roberto Costa acusou Lago de insensibilidade em relação à pobreza. “O deputado não sabe o que é fome e minimiza o sofrimento de quem não tem o que comer. Para ele, a preocupação é mais política do que social”, disparou Costa.