BRASIL, 29 de novembro de 2024 – O relatório “Estatísticas Fiscais”, divulgado pelo Banco Central nesta sexta (29), em Brasília, apresenta os dados da Dívida Bruta do Governo Geral (DBGG). Essa métrica considera as dívidas do governo federal, do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) e dos governos estaduais e municipais.
Segundo o Banco Central, a dívida acumulada cresceu R$ 952,6 bilhões em 2024 e R$ 1,8 trilhão sob o governo Lula (2023-2024). Confira o crescimento por gestão desde o início da série histórica:
- Lula (2007-2010): R$ 674,9 bilhões
- Dilma (2011-2014): R$ 1,241 trilhão
- Dilma/Temer (2015-2018): R$ 2,020 trilhões
- Bolsonaro (2019-2022): R$ 1,952 trilhão
- Lula (2023-2024): R$ 1,807 trilhão
A dívida bruta chegou a 78,64% do Produto Interno Bruto (PIB) em outubro, o maior índice desde a pandemia. Em outubro de 2021, a dívida atingiu 79,1%, impactada pela crise da covid-19. Sob o governo atual, a relação entre dívida e PIB cresceu 6,96 pontos percentuais.
Os gastos com juros da dívida pública totalizaram R$ 111,6 bilhões em outubro de 2024, um aumento de 80,3% em relação ao mesmo período de 2023. O crescimento reflete o custo elevado da taxa Selic, que encarece o financiamento estatal.
Com o aumento da Selic, o governo, principal tomador de recursos no mercado, contribui para a elevação dos juros. O déficit nominal do setor público consolidado, que inclui os gastos com juros, alcançou R$ 74,1 bilhões em outubro de 2024.