BRASIL, 03 de outubro de 2024 – O setor público consolidado –formado por União, Estados, municípios e estatais– registrou um rombo de R$ 1,111 trilhão no acumulado de 12 meses até agosto. O BC (Banco Central) divulgou o resultado nesta 2ª feira (30.set.2024). .
O resultado do setor público consolidado corresponde ao saldo entre as receitas e as despesas e considera também os gastos com os juros da dívida. Segundo o BC, o rombo ficou acima de R$ 1 trilhão pelo 5º mês seguido no acumulado de 12 meses.
Em comparação com julho, o deficit nominal caiu R$ 16,18 bilhões, o que representa uma queda de 1,4%. O valor desacelerou pela 1ª vez desde março. O rombo subiu R$ 143,9 bilhões no acumulado de 2024 e R$ 650,9 bilhões durante o governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
JUROS DA DÍVIDA
Os dados do Banco Central mostram que o pagamento de juros da dívida totalizou R$ 855,0 bilhões no acumulado de 12 meses até agosto. Corresponde a 76,9% de todo o rombo registrado nas contas públicas no período.
O valor caiu R$ 14,8 bilhões em relação a julho –um recuo de 1,7% em 1 mês.
RESULTADO PRIMÁRIO
A outra parte do rombo nas contas públicas corresponde ao saldo entre as receitas e despesas. O resultado primário –que exclui o pagamento de juros da dívida– foi de um deficit de R$ 256,3 bilhões no acumulado de 12 meses até agosto.
O valor é ligeiramente menor ao registrado em julho, de R$ 257,7 bilhões de saldo negativo.
O setor público consolidado teve deficit primário de R$ 21,4 bilhões em agosto. Segundo o Banco Central, o governo central registrou um saldo negativo de R$ 22,3 bilhões no mês. Os governos regionais (Estados e municípios) tiveram superavit de R$ 435 milhões. Já as estatais divulgaram um saldo positivo de R$ 469 milhões.