BUENOS AIRES, 05 de junho de 2024 – Desde que assumiu a presidência em 10 de dezembro de 2023, Javier Milei enfrentou uma inflação anual de mais de 200%. No entanto, seis meses depois, a Argentina registrou seu primeiro superávit trimestral desde 2008 e uma queda na inflação, que em abril foi de 8,8%, a quarta redução consecutiva.
Logo após sua posse, Milei implementou cortes de gastos significativos, incluindo a redução de investimentos na indústria e no comércio, a revogação de leis ambientais e a promoção da privatização de estatais.
Também foram anunciados cortes nos subsídios para gás, eletricidade, combustíveis e transportes públicos. Essas ações resultaram em um superávit de 275 bilhões de pesos em março.
O índice S&P Merval, referência da bolsa de valores argentina, disparou mais de 70% desde a posse de Milei, refletindo o otimismo do mercado. Em fevereiro, o Fundo Monetário Internacional (FMI) elogiou o plano de estabilização de Milei como “ousado” e “ambicioso”, apesar dos riscos de implementação.
Apesar dos sinais de melhora, os economistas alertam para os desafios de manutenção das reformas devido ao impacto social significativo.
Com 41,7% da população em situação de pobreza no final de 2023, segundo o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos (INDEC), e 57,4% de pobreza em janeiro, conforme a Universidade Católica da Argentina, as tensões sociais aumentam.