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BRASÍLIA, 29 de maio de 2024 – O presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Luís Roberto Barroso, votou nesta quarta (29), contra a abertura de processos administrativos disciplinares para investigar a conduta de quatro magistrados que atuaram em casos da Lava Jato.
A sessão do CNJ continuará até o dia 7 de junho, permitindo que os conselheiros registrem seus votos na plataforma do sistema.
Barroso argumentou que o afastamento de magistrados deve ser uma medida excepcional, e, neste caso, não vê necessidade para tal ação.
Ele afirmou não haver indícios de descumprimento deliberado de decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) pelos juízes envolvidos: o juiz federal convocado Danilo Pereira Junior e os desembargadores federais Loraci Flores de Lima e Carlos Eduardo Thompson Flores.
Além disso, ele não identificou crimes cometidos pela juíza Gabriela Hardt.
Essa posição contrasta com a decisão do corregedor-geral do CNJ, Luis Felipe Salomão, que em 15 de abril determinou o afastamento dos quatro magistrados e votou pela abertura de processos disciplinares contra eles.
Enquanto Barroso derrubou os afastamentos de Gabriela Hardt e Danilo Pereira Junior, a maioria do Conselho optou por manter afastados os desembargadores Flores de Lima e Thompson Flores.