
MARANHÃO, 29 de maio de 2024 – Um novo índice joga luz no drama educacional brasileiro: apenas 2 de cada 10 (ou 19%) dos jovens do país se formam no ensino médio na idade certa e com o aprendizado considerado suficiente.
Os dados evidenciam também a enorme desigualdade do país, com os piores desempenhos educacionais concentrados nas regiões Norte e Nordeste.
A taxa dos que se formam com a aprendizagem suficiente varia de 6,5%, no Amapá, estado com o pior desempenho, a 27%, em São Paulo, que tem a melhor performance. Ou seja, mesmo a educação paulista, líder no ranking, não forma nem um terço dos jovens na idade correta e com a aprendizagem minimamente satisfatória.
O Índice de Inclusão Educacional (IIE) foi desenvolvido pelo Instituto Natura, que atua em projetos de melhoria da educação pública, em colaboração com a Metas Sociais, organização liderada por Reynaldo Fernandes, professor de economia da USP e ex-presidente do Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais).
A novidade desse índice é considerar o desempenho de toda uma geração, e não apenas o de alunos de determinadas séries escolares, isoladamente, como a maior parte dos indicadores da educação existentes.
O índice também utiliza o Censo Escolar, que traz dados sobre as matrículas em cada série escolar, e da PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios), do IBGE, que levanta informações sobre os jovens que estão atrasados ou fora da escola.
Veja o Ranking do IEE (Índice de Inclusão Escolar) de 2019, por estado.
● São Paulo: 27%
● Distrito Federal: 26%
● Goiás: 25,8%
● Paraná: 24,7%
● Espírito Santo: 24,6%
● Minas Gerais: 22%
● Ceará: 21,2%
● Pernambuco: 19,3%
● Rio de Janeiro: 18,1%
● Rio Grande do Sul: 17,6%
● Santa Catarina: 17,4%
● Mato Grosso do Sul: 16,8%
● Paraíba: 15,9%
● Rio Grande do Norte: 15,5%
● Piauí: 15,2%
● Mato Grosso: 13,4%
● Sergipe: 13,1%
● Rondônia: 12,1%
● Alagoas: 11,9%
● Tocantins: 11,8%
● Acre: 9,2%
● Maranhão: 8,9%
● Pará: 8,4%
● Roraima: 8,3 %
● Bahia: 7,9%
● Amazonas: 7,7%
● Amapá: 6,5%