
BRASÍLIA, 10 de abril de 2024 – O Ministério dos Povos Indígenas tem chamado sido alvo de investigação por gastos excessivos com diárias e passagens para um amigo da ministra Sônia Guajajara.
Segundo informações divulgadas pelo portal Metrópoles e confirmadas pela CNN, o governo federal desembolsou mais de R$ 75 mil para cobrir despesas de viagem de Hone Riquison Pereira Sobrinho, conhecido como Hony Sobrinho.
Os recursos, solicitados pelo gabinete de Guajajara ao Ministério da Gestão e da Inovação, foram destinados a cobrir 53 dias de diárias e passagens para Hony Sobrinho.
De acordo com os registros do Portal da Transparência, parte desses gastos foi para viagens realizadas em diversos locais, incluindo Ilhéus (BA) e o Pará.
O Ministério dos Povos Indígenas explicou que Hony Sobrinho foi designado para integrar o grupo técnico de Povos Originários durante a transição de governo em 2022.
Além disso, ele já atuou como chefe de comunicação da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), organização da qual Guajajara foi coordenadora.
Entre os gastos relatados, destaca-se uma viagem a Ilhéus (BA), onde Hony acompanhou a ministra em uma reunião do comitê do Fundo Amazônia, com um custo de R$ 5.017,38 em diárias e passagens. O caso mais recente foi uma viagem ao Pará, que custou R$ 167,50.
Hony Sobrinho também foi designado como “colaborador eventual” pela ministra para a Assembleia-Geral da Associação Tato’a, em março, devido ao seu “profundo conhecimento da região” do povo indígena parakanã.
Essa designação, uma categoria prevista na administração pública, não implica remuneração, mas sim a realização de atividades específicas sob supervisão.
O Ministério dos Povos Indígenas afirmou que seleciona colaboradores de acordo com critérios normativos e a natureza das demandas.