Etnocídio

Índios tiveram as mãos decepadas no Maranhão em 2017

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Morte do líder Paulo Paulino Guajajaras é apenas mais um capítulo de uma extensa lista de confrontos que acontece desde 2015

Apesar do governador Flávio Dino (PCdoB) usar suas redes sociais para culpar o atual governo federal, a violência contra índios no Maranhão motivada por conflitos de terra não é uma novidade. No dia 30 de abril de 2017 o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) denunciou um conflito que resultou em mais de uma dezena de feridos e dois índios torturados e mutilados.

No último domingo (3) o governador Flávio Dino usou suas redes para responsabilizar a gestão atual do União pela falta de proteção em terras indígenas. A manifestação de Flávio Dino aconteceu após o assassinato do líder indígena Paulo Paulino Guajajaras na sexta (1).

Ao contrário do que tenta fazer parecer o governador, a violência contra indígenas no Maranhão é anterior ao caso envolvendo Paulo Paulino Guajajara. Em 2017 um conflito entre seguranças de duas fazendas e índios da etnia Gamela, no povoado das Bahias, em Viana, deixou 13 feridos. Dois deles tiveram as mãos decepadas segundo o conselho. Além dos índios, três fazendeiros também saíram feridos.

Antes do massacre de 2017, a etnia já havia sofrido um ataque em 2015, Na noite de 02 de fevereiro a tribo sofreu um atentado a tiros. Segundo relato de indígenas que estavam no local, homens em uma caminhonete dispararam vários tiros contra o acampamento da retomada. Em agosto de 2016 três homens armados e trajando coletes à prova de bala invadiram outra área de ocupação indígena.

Os eventos contradizem a versão do governador de que a violência contra índios no estado é algo recente.

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