Após perder debate na Band, Lula anuncia que não irá ao SBT

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) confirmou ao SBT que não deve participar do debate organizado pela emissora, CNN Brasil, Terra, NovaBrasil e Eldorado/Estadão e Veja. Lula afirmou que a falta de agenda o impede de participar do evento. Contudo, a decisão acontece dois dias após o ex-presidente ter desempenho questionado no debate da Band. Segundo Instituto Quaest, o debate da Band teve quase 550 milhões de interações nas redes sociais, com 54% dos comentários para o presidente Jair Bolsonaro (PL) e o restante para o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. Marcado para a próxima sexta (21 de outubro), às 21h30, nos estúdios do SBT, o evento agora deve consistir de uma sabatina com o presidente Jair Bolsonaro (PL), candidato à reeleição, no horário em que ocorreria o debate. Os temas já foram previamente definidos. Oficialmente, embora tenha aprovado todos os detalhes e afirmar que o petista tem interesse em participar do debate, a campanha já comunicou que não deve ir ao debate. O mediador da sabatina deve ser o jornalista Carlos Nascimento e ela deve acontecer sem plateia.
Vitória de Lula seria desastrosa para Eduardo Braide

O prefeito de São Luís, Eduardo Braide, será o político mais prejudicado no Maranhão em caso de uma possível vitória do ex-presidente Lula neste segundo turno. A situação é facilmente prevista por duas circunstâncias de conhecimento público: a influência de Flávio Dino sobre Lula e a aversão do ex-governador em relação ao prefeito. É inegável que o ex-governador Flávio Dino (PSB) deve ocupar lugar de destaque entre os principais conselheiros de Lula em um possível segundo turno. O comunista já foi cotado para assumir o Ministério da Justiça e uma vaga no Supremo Tribunal Federal. Além disso, também é possível que seu irmão Nicolao Dino assuma a Procuradoria-Geral da República. Após a vitória esmagadora de Carlos Brandão (PSB), Dino trabalha para consolidar seu projeto de hegemonia política no estado. A vitória do ex-presidente Lula colocaria o comunista em uma posição e poder que só fora alcançada no passado pela ex-governadora Roseana Sarney e pelo ex-presidente José Sarney. Neste cenário, Eduardo Braide seria o único obstáculo para os planos de Flávio Dino. Nas eleições de 2020 o governador empenhou a máquina estatal para impedir que Braide vencesse as eleições. Aliás, foi de Dino a estratégia de lançar vários candidatos do grupo para desestabilizar Braide e vencer as eleições. Após a vitória do prefeito, foram várias as situações em que Dino provocou ou tentou prejudicar a gestão do prefeito. Mesmo Braide mantendo-se em silêncio e demonstrando distanciamento da política regional. A vitória de Lula iria colocar Dino em uma posição de superioridade em relação a Carlos Brandão, que teria que acatar o “centralismo democrático comunista” na tomada de decisões do grupo. Neste aspecto, ganharia força a figura do deputado estadual Duarte Jr, preferido por Dino na corrida pela Prefeitura de São Luís. Mesmo sabendo destas circunstâncias perigosas, Braide ainda não se manifestou em relação à disputa presidencial. Ocorre que, mesmo se optar opor ser o maior cabo eleitoral do petista no Nordeste, Braide será a principal vítima na classe política maranhense em caso de vitória de Lula. Acreditar que sua neutralidade irá servir de moeda de troca ou salvo conduto para piedade do comunista é uma atitude muito inocente.