Índice de desemprego tem queda em 22 estados do Brasil

A taxa de desocupação apresentou queda em 22 unidades da federação no 2º trimestre de 2022, frente ao tri anterior, refletindo a redução, disseminada nos estados, do índice nacional de 11,1% para 9,3% no período. Outros cinco estados registraram estabilidade. Os dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua) Trimestral, divulgada hoje (12) pelo IBGE. Já no confronto anual, contra o 2º trimestre de 2021, todas as 27 UFs tiveram queda significativa da taxa de desocupação. O estado do Tocantins registrou o maior recuo do 1º para o 2º tri: menos 3,8 pontos percentual (p.p.), seguido por Pernambuco (3,5 p.p.) Alagoas, Pará, Piauí e Acre também se destacaram, com quedas de cerca de 3 p.p. nos quatro estados. Taxa de desocupação (%) Nas grandes regiões, houve redução da taxa do 1º para o 2º tri, com o Nordeste registrando a maior taxa de desocupação: 12,7%. A região também abriga os três estados com maior índice de desemprego: Bahia (15,5%), Pernambuco (13,6%) e Sergipe (12,7%). Já as menores taxas foram em Santa Catarina (3,9%), no Mato Grosso (4,4%) e no Mato Grosso do Sul (5,2%). Registraram estabilidade o Distrito Federal, o Amapá, o Ceará, o Mato Grosso e Rondônia. A PNAD Contínua Trimestral mostra que, no 2º trimestre de 2022, 73,3% dos empregados do setor privado tiveram a carteira assinada, destaque para Santa Catarina (87,4%), São Paulo (81,0%) e Paraná (80,9%). Na parte debaixo do ranking ficaram Piauí (46,6%), Maranhão (47,8%) e Pará (51,0%). Desocupação entre mulheres e entre pessoas pretas e pardas permanece acima da média nacional A PNAD Contínua Trimestral mostra, também, que enquanto as taxas de desocupação das pessoas brancas (7,3%) e de homens (7,5%) ficaram abaixo da média nacional (9,3%), as das mulheres (11,6%) e de pessoas pretas (11,3%) e pardas (10,8%) continuaram mais altas no 2º trimestre deste ano. A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, pondera que, apesar da queda generalizada na taxa de desocupação em diversos recortes, a distância entre homens e mulheres ainda é grande. “A queda foi maior entre as mulheres (2,2 p.p. contra 1,6 p.p. dos homens), porém, não foi o suficiente para diminuir a distância entre eles. A taxa das mulheres é 54,7% maior que a dos homens”, afirma. O recuo disseminado da taxa de desocupação também atingiu o recorte cor ou raça. “Mas a taxa em relação aos pretos e pardos em relação aos brancos aumentou”, explica Beringuy. No recorte por idade, a taxa de desocupação de jovens de 18 a 24 anos recuou. Era 22,8% no 1º tri e foi para 19,3% no 2º trimestre. “Foi, entre as faixas etárias, onde mais caiu. Mas ainda sim, é uma taxa bastante elevada, bem acima da média”, diz. Rendimento cai no Sul, Sudeste e Nordeste na comparação anual No 2º trimestre deste ano, o rendimento médio mensal recebido pelos trabalhadores foi estimado em R$ 2.652, demonstrando estabilidade na comparação com ao 1º tri de 2022 (R$ 2.625). Entretanto, esse valor é 5,1% menor do que o percebido no 2º trimestre de 2021 (R$ 2.794). Comparando com o tri anterior, todas as regiões apresentaram estabilidade. Já no confronto anual, Nordeste, Sul e Sudeste tiveram queda. Mais sobre a pesquisa A PNAD Contínua é o principal instrumento para monitoramento da força de trabalho no país. A amostra da pesquisa por trimestre no Brasil corresponde a 211 mil domicílios pesquisados. Cerca de dois mil entrevistadores trabalham na pesquisa, em 26 estados e Distrito Federal, integrados à rede de coleta de mais de 500 agências do IBGE. Em função da pandemia de Covid-19, o IBGE implementou a coleta de informações da pesquisa por telefone desde 17 de março de 2020. É possível confirmar a identidade do entrevistador no site Respondendo ao IBGE ou via Central de atendimento (0800 721 8181), conferindo a matrícula, RG ou CPF do entrevistador, dados que podem ser solicitados pelo informante. Consulte os dados da PNAD no Sidra.
PT quer exigir vacinação contra covid-19 para conceder Auxílio Brasil

O senador Humberto Costa (PT-PE), que já foi ministro da Saúde de 2003 a 2008, disse que o partido estuda vincular o pagamento do Auxílio Brasil à vacinação contra a covid-19 e outras doenças em um eventual governo de Lula. De acordo com entrevista concedida ao portal Poder360, a vinculação seria o “resgate das contrapartidas” que o Bolsa Família exigia dos beneficiários. Conforme Humberto, um dos formuladores das políticas na área de saúde do PT, “o Brasil vai ter uma grande campanha de comunicação e uma ação articulada com a área de das políticas de transferência de renda para garantir que só recebe o recurso quem estiver em dia com a vacina”. “As mães que estiverem sob acompanhamento no pré-natal e os filhos que tenham presença nas escolas”, observou. Tudo isso vai ser resgatado.” Interpelado sobre quais vacinas, ele informou que a exigência incluiria todos os imunizantes do Programa Nacional de Imunização (PNI) e a vacina experimental contra a covid-19. “Isso vai incluir a covid-19 em uma perspectiva mais ampla, que ainda há uma grande quantidade de pessoas que não teve a terceira nem a quarta dose, que são doses de reforço”, disse Costa. O parlamentar fez o comentário considerando as informações divulgadas pelo Ministério da Saúde de que a cobertura vacinal de crianças em relação a imunizantes tradicionais vem caindo desde 2015. “É inaceitável que o Brasil tenha deixado cair os porcentuais de cobertura vacinal das crianças. Nós queremos recuperar rapidamente esses percentuais”, afirmou ao Poder360. Entre as exigências para o recebimento do Bolsa Família, quando estava vigente, estavam a frequência escolar das crianças e carteira de vacinação em dia.
Candidato a governador do MA tem contas reprovadas pelo TCU

Teoricamente, o candidato ao governo do Maranhão não poderá disputar as eleições deste ano por causa da lei Ficha Lima, mas o julgamento do caso deve ser avaliado pela Justiça Eleitoral.
Carlos Brandão libera política partidária em escolas do Maranhão

Professores e alunos denunciaram a atuação de militantes partidários em escolas da rede estadual no Maranhão. Desde a semana passada foram vários relatos enviados ao blog de que um grupo de jovens ligados ao PCdoB, ex-partido do ex-governador Flávio Dino, estaria fazendo campanha eleitoral dentro de escolas. Em maio deste ano um vídeo na Escola Erasmo Dias, em que é feito movimento contra o presidente Jair Bolsonaro, viralizou. Menos de três meses depois, a cena se repete. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por José Linhares Jr (@joselinharesjr) No vídeo encaminhado ao blog um militante da juventude do PCdoB aparece em sala de aula divulgando fake news para mobilizar por um ato contra Bolsonaro. O militante afirma que Jair Bolsonaro pretende “interferir nas eleições” e diz que o presidente não pretende aceitar o resultado das eleições. O ato foi gravado em uma escola do interior do estado. “Eu queria muito saber se as escolas iriam aceitar se eu e alguns colegas saíssemos divulgando os atos do 7 de setembro. Claro que não iriam. Porque hoje a escola do Maranhão serve apenas para nos doutrinar”, disse um estudante que encaminhou os vídeos ao blog. As informações passadas em salas de aula são comprovadamente mentirosas. O militante petista, ex-secretário de educação do governo e vice na chapa de Carlos Brandão (PSB), Felipe Camarão, tem usado suas redes sociais constantemente para atacar Jair Bolsonaro e fazer campanha para Lula. Em maio deste ano um outro vídeo em que militantes do mesmo grupo distribuíam adesivos e material partidário contra o presidente viralizou por todo o país. O fato aconteceu na escola Erasmo Dias, em Paço do Lumiar. “Eles entram com autorização prévia da Secretaria de Educação e fazem o que querem. Muitos alunos e professores não concordam, mas têm medo de reclamar por retaliações”, disse uma professora do Liceu Maranhense que presenciou a ação política nas salas de aula. A recorrência das ações em salas de aula indica que as ações são orquestradas entre PT/PCdoB e a própria Secretaria de Educação do estado. A permissividade é evidente. Por medo de retaliação profissional e até agressão física por parte dos militantes, todos os que procuraram o blog pediram sigilo de suas identidades.