Zelensky diz que Lula é irrelevante em discussões de guerra

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Zelensky diz que Lula perdeu relevância nas negociações para o fim da guerra. Ucraniano declarou que o Brasil não é mais um ator estratégico no conflito.

UCRÂNIA, 27 de janeiro de 2025 – O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, declarou nesta quarta (22) que o presidente Lula (PT), não é mais um “player” relevante nas negociações para o fim da guerra com a Rússia. Segundo Zelensky, “o trem do Brasil já passou”, sugerindo que o país perdeu a oportunidade de desempenhar um papel significativo no conflito.

“Hoje, acho que o trem do Brasil, para ser sincero, passou. Falei com Lula, nos encontramos e pedi que ele fosse um parceiro para acabar com a guerra. Agora ele não é mais um ‘player’. Ele também não será um ‘player’ para Trump”, afirmou Zelensky em resposta à jornalista Bianca Rothier, da TV Globo, durante sua participação no Fórum Econômico Mundial, em Davos, na Suíça.

Desde a invasão russa ao território ucraniano, em fevereiro de 2022, Lula tem buscado intermediar o conflito por meio de articulações diplomáticas com a China. O plano brasileiro prevê uma conferência internacional com a participação de representantes da Rússia e da Ucrânia.

As declarações de Zelensky sobre Lula não são inéditas. Em agosto de 2024, o presidente ucraniano afirmou que a postura de neutralidade adotada pelo governo brasileiro não era honesta com a Ucrânia nem com os próprios brasileiros.

“Isso é apenas retórica política. Não é uma fala honesta. Não é honesta nem conosco nem com o povo brasileiro. Porque todo mundo sabe quem iniciou essa guerra”, declarou Zelensky na ocasião.

Em setembro, o líder ucraniano defendeu que países como Brasil e China deveriam condenar publicamente as ações da Rússia, classificando-as como colonialistas.

“Temos que defender a Carta das Nações Unidas e garantir o nosso direito – o direito da Ucrânia – à integridade territorial e à soberania, tal como fazemos com qualquer outra nação”, destacou.

Lula respondeu às críticas afirmando que a solução para o conflito deve ser buscada por meios diplomáticos.

“Se ele [Zelensky] fosse esperto, diria que a resolução [para a guerra] é diplomática, não militar. Mas isso depende da capacidade de sentar e conversar, ouvir o contrário e tentar chegar a um acordo para que o povo ucraniano tenha sossego na vida”, afirmou o presidente brasileiro.

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